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Conectando Indústria, Academia e Forças Armadas: Impulsionando o Setor de Defesa em Santa Catarina Conectando Indústria, Academia e Forças Armadas: Impulsionando o Setor de Defesa em Santa Catarina

Conhecendo o mercado de defesa: sua empresa pode vender para órgãos de defesa e segurança

Sua empresa não precisa fabricar equipamentos militares para entrar no mercado de defesa! Conheça essa oportunidade de conquistar um novo mercado e aumentar seu faturamento
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Parafusos. Macacos hidráulicos. Rações alimentares. Softwares. Uniformes. Calçados. Mochilas. Peças automobilísticas. Alimentos. Veículos. Esses são apenas alguns dos exemplos de compras realizadas pelos órgãos de defesa e segurança do país. Sua empresa certamente fabrica produtos que podem ser fornecidos, já pensou em auxiliar as funções estratégicas desses órgãos enquanto aumenta seu faturamento e conquista o mercado de defesa?

Por possuírem funções estratégicas as Forças Armadas e os órgãos de Segurança Pública demandam ainda certos produtos com uma maior inserção de tecnologia e valor agregado, cenário ideal para implementar inovações em seu processo produtivo e elaborar novos produtos.

O que as Forças Armadas e de Segurança compram?

As Forças estão organizadas em todo o território brasileiro distribuídas pelos estados em diversas estruturas que precisam ser sustentadas e mantidas para que elas possam realizar suas funções de defesa da soberania nacional e da segurança pública. Portanto, como qualquer outro órgão público demandam produtos de usos correntes como alimentos, materiais de escritório, uniformes, móveis, entre outros.

O orçamento, apenas do Ministério da Defesa, gira em torno de R$ 100 bilhões por ano, os recursos são destinados a pagamentos de pessoal, investimentos, compras de serviços e produtos, constituindo grande oportunidade de faturamento para as indústrias.

Além disso, devido a natureza de suas funções, as Forças precisam de produtos mais sofisticados, com maior valor agregado e tecnologia do que outros órgãos da máquina pública. Por exemplo, os soldados não se beneficiam do uso de botas e mochilas normais, assim requerem produtos com especificidades únicas ao cumprimento de suas funções.

Segundo dados do Portal da Transparência, apenas em 2023, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas compraram em mochilas o valor de R$ 20,2 milhões e R$ 214,3 milhões em calçados. Em produtos com uma carga tecnológica mais alta os órgãos de defesa e de segurança compraram, por exemplo, R$ 86,7 milhões em aviões e outros veículos aéreos; R$ 1 milhão em cabos de fibra óptica; 109,8 milhões em chassis; R$ 306,3 milhões em helicópteros; e R$ 391,8 milhões em veículos e carros blindados de combate, armados ou não, e suas partes.

Exemplos de produtos comprados pelas Forças.
Exemplos de produtos comprados pelas Forças. Elaborado pelo autor com informações do portal da Transparência

Nacionalização da fabricação de produtos para o mercado de defesa

Existem produtos consumidos pelas Forças que não estão disponíveis no mercado nacional para venda, o que acaba obrigando-os a importarem os conteúdos, consequentemente gastando divisas estrangeiras e gerando uma dependência de fornecimento externo. Por isso, é estabelecido na Estratégia Nacional de Defesa (END) o estímulo à nacionalização de produtos para o mercado de defesa.

Essa é uma excelente oportunidade para a indústria brasileira preencher esse vácuo e conquistar o mercado, diminuindo nossa dependência de importações, enquanto fortalece a produção e a soberania nacional e promove todas as externalidades positivas que esse movimento gera para o desenvolvimento da economia local.

Como exemplo de necessidade de nacionalização podemos mencionar peças para as viaturas Tatra adquiridas pelo Exército Brasileiro, apenas 25% delas estão disponíveis no mercado nacional, enquanto 75% não estão, dentre as quais estão filtros de óleo motor, bolsa de ar, filtro da direção hidráulica e conjunto de filtro de ar do motor específicas para esse tipo de veículo.

Mas como saber o que precisa ser nacionalizado? Fazendo parte dos Comitês/Conselhos da Indústria de Defesa espalhados por diversos estados do Brasil é possível participar das reuniões e eventos que contam com a participação de autoridades dos órgãos de segurança, dos oficiais das Forças e de autoridades da SEPROD do MD - responsável pela articulação com a Base Industrial de Defesa (BID) -, os quais expõem suas demandas e as oportunidades para as indústrias.

Conheça mais sobre o Condefesa do estado de Santa Catarina e o Condefesa Nacional da CNI.

Neste post mostramos que sua empresa pode começar a vender para os órgãos de defesa e segurança do país, sendo uma oportunidade de aumentar seu faturamento com a conquista de um novo mercado. Desde a indústria alimentícia, têxtil, confecção, mobiliário até a indústria automotiva, de máquinas e equipamentos, tecnologia, todos os setores estão aptos. O entendimento da demanda dessas instituições constitui ainda oportunidade de implementar inovações em seu processo produtivo e elaborar novos produtos, auxiliando na diminuição da dependência de fornecimento externo.

Agora que você já sabe que pode ser um fornecedor para os órgãos de defesa e segurança do país, deve estar interessado em como começar. Nos próximos posts, vamos te mostrar todas as etapas necessárias para que sua empresa tenha acesso a esse mercado.

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