Brasília, 22.1.2022 - O Brasil encontra-se em um momento chave. Com um histórico de baixa escolaridade da população e pouco investimento em ciência e tecnologia, o país passa por um processo de desindustrialização, de queda na participação dos setores de alta complexidade e aumento na evasão escolar.
Se por um lado, a pandemia da Covid-19 agravou alguns desses indicadores, por outro, acelerou tendências e obrigou governos, o setor produtivo e as instituições de ensino e pesquisa a repensarem estratégias para lidar com os desafios de uma economia – e uma sociedade – em transformação.
Para enfrentar esse momento-chave e contribuir com um novo modelo de desenvolvimento social e econômico, de base industrial, o Brasil conta com uma instituição com 80 anos de história, reconhecida internacionalmente. Neste sábado (22), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) completa 80 anos como maior parceiro da indústria brasileira.
A instituição, criada em 1942 para qualificar mão de obra, evoluiu junto com o setor, tornando-se referência em educação profissional e tecnológica e inovação. Em oito décadas, a rede de escolas e institutos espalhados pelo país multiplicou o número de unidades, ampliou o portfólio de cursos e serviços para as 28 áreas industriais e alcançou um nível de excelência, da infraestrutura ao corpo técnico.
“O SENAI sempre esteve um passo à frente, antecipando cenários e tendências do mercado de trabalho por meio de estudos e do diálogo com o setor produtivo. Além da qualificação de mão de obra alinhada às demandas da indústria, a instituição presta um conjunto de serviços, com os institutos de inovação e tecnologia, para que os produtos brasileiros possam competir no mercado global”, destaca o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade.
Números comprovam força
Nesses 80 anos, o SENAI formou mais de 80 milhões de pessoas, em cursos da iniciação profissional à pós-graduação. A formação profissional de acordo com as tendências e necessidades das empresas é o que garante a empregabilidade dos ex-alunos e a satisfação dos empregadores: 92% das empresas preferem formandos do SENAI e sete em cada 10 ex-alunos de cursos técnicos estão empregados um ano após a conclusão – nos cursos de graduação, o índice de ocupação chega a 80%.
Hoje, a instituição conta com:
523 unidades operacionais;
465 unidades móveis, sendo dois barcos-escola;
26 Institutos de Inovação;
62 Institutos de Tecnologia;
Atendimento a brasileiros de 4.749 municípios nos últimos três anos;
Escolas de formação em países da África, Ásia e América Latina, como Guatemala, Paraguai, Cabo Verde, Jamaica e Timor Leste.
“Ao ajudar as empresas brasileiras a dar o salto rumo à indústria 4.0 e a preparar os profissionais para o futuro do trabalho, o SENAI se torna um verdadeiro ativo dos brasileiros. Tanto a expertise quanto a infraestrutura não podem ser ignoradas quando traçamos as estratégias para o país melhorar o nível de escolaridade da população e investir em inovação”, completa o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
Prova da qualidade é o resultado alcançado pelos alunos da instituição na WorldSkills. O Brasil conquistou o 3º lugar na última edição da olimpíada de profissões técnicas, disputando com países cujos sistemas educacionais são referências em todo o mundo.
Com informações da Agência CNI