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Nanossatélite do SENAI/SC vence mais uma etapa

Projeto passou pela revisão crítica por especialistas externos para a autorização da montagem final; depois passará para revisões que vão validar o lançamento e a operação em órbita

Florianópolis, 13.08.2024 – O nanossatélite Catarina A2, que está sendo construído pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados para o programa Constelação Catarina, passou nesta segunda e terça-feiras (12 e 13) pela Revisão Crítica de Design (CDR, na sigla em inglês), a penúltima etapa de validação antes de seu lançamento. As revisões de design são realizadas por especialistas externos que aprovam o andamento dos projetos, com ou sem a recomendação de ajustes.

O processo de revisão crítica dos projetos em suas várias etapas é um requisito do setor aeroespacial, para que os equipamentos enviados ao espaço tenham sua funcionalidade assegurada. Ainda serão duas revisões até que o satélite seja colocado em operação. Depois dos resultados desta semana, o SENAI/SC está autorizado a dar andamento à próxima etapa, que é a montagem final do dispositivo para autorizar seu lançamento ao espaço, previsto para 2025. A última revisão validará os testes em órbita e o funcionamento do aparelho para que seja repassado à Agência Espacial Brasileira (AEB), coordenadora do programa Constelação Catarina. 

Sala controlada

Os componentes do Catarina A2 começaram a ser montados na chamada “sala limpa”, na qual as condições de temperatura, umidade do ar e limpeza são controladas. São dois ambientes: na antessala, o limite de poluição do ar é de 100 mil por milhão de partículas; na sala principal, de 10 mil por milhão de partículas. São níveis de salubridade comparáveis aos da indústria farmacêutica, da microeletrônica e de salas de cirurgia. O ar passa por 20 trocas integrais a cada hora, com a devida filtração e manutenção da temperatura constante em 22 graus Celsius e umidade do ar em 60%. 

Prototipo
Previsão de lançamento do satélite é em 2025 (foto: Ivonei Fazzioni)

Aplicações

O nanossatélite tem dimensões de cerca de 10cm x 10cm X 30cm, similar a uma caixa de sapato, e permanece em órbita a 600 quilômetros do solo terrestre. O equipamento visa coletar dados e estabelecer a comunicação com estações em terra para órgãos meteorológicos, como o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), ligado à Secretaria de Estado da Agricultura.

Mas o projeto não se limita a meteorologia e defesa civil, podendo atender às áreas de agricultura de precisão, clima, monitoramento de tempestades, meio ambiente, saúde, indústria 4.0, energia, mídia, educação, aviação e cidades inteligentes. 

Projeto surgiu com o ciclone-bomba

O programa Constelação Catarina é mantido pela Agência Espacial Brasileira (AEB). Depois do ciclone-bomba que atingiu o Sul do Brasil no dia 30 de junho de 2020, foi realizada a primeira reunião para discussão de soluções espaciais com foco em eventos meteorológicos extremos. O ciclone deixou 11 mortes em Santa Catarina, uma no Rio Grande do Sul e outra no Paraná.

Em outubro do mesmo ano, em nova reunião entre AEB, Defesa Civil, agências nacionais da Água (ANA) e de Energia Elétrica (ANEEL), Federação das indústrias (FIESC) e SENAI, UFSC, Frente Parlamentar Mista para o Programa Espacial Brasileiro (FPMPEB) foram definidas as diretrizes gerais do Constelação Catarina. 

Revisão
Consultores externos e equipe de desenvolvimento do Catarina A2 participaram da revisão crítica do projeto (foto: Ivonei Fazzioni)

O projeto se tornou efetivo por meio de parceria entre Instituto SENAI de Sistemas Embarcados, UFSC, AEB, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Defesa Civil e em fevereiro de 2021 recebeu aporte de R$ 5 milhões, por meio de emendas dos parlamentares federais de Santa Catarina.

Os trabalhos começaram em agosto e setembro de 2021, quando foram assinados os convênios da AEB com o Instituto SENAI e com a UFSC. Desde então, o projeto já passou por quatro revisões críticas – de missão, sistemas e projeto preliminar, além da vencida esta semana. A próxima revisão, de aceitação, está prevista para o início de 2025.  

O primeiro nanossatélite da Constelação Catarina produzido pelo SENAI deverá ser entregue até o fim deste ano. O lançamento dependerá de sua inserção em veículos de lançamento.

Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia

Rede SENAI de Inovação e Tecnologia Com uma rede composta por 28 institutos de inovação e mais de 60 institutos de tecnologia, o SENAI apoia a atualização tecnológica e o desenvolvimento de produtos e processos para a indústria brasileira. A rede oferece serviços de consultoria, metrologia e projetos de inovação, promovendo também parcerias com universidades, centros de pesquisa e investidores.

Em Santa Catarina, são 10 unidades, sendo três de inovação, que são referências nacionais em Processamento a Laser, Sistemas de Manufatura e Sistemas Embarcados. Os institutos de tecnologia em Alimentos e Bebidas, Cerâmica, Madeira e Mobiliário, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, Têxtil, Vestuário e Design atendem os principais segmentos da indústria catarinense. Já os institutos Ambiental e de Excelência Operacional oferecem soluções em sustentabilidade e melhoria de processos produtivos para qualquer setor.

Clique nos links para saber mais sobre:

 

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SENAI e governo de SC iniciam integração de nanossatélite ao agro

 

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - Gecor

 

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