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Indústria avalia estratégias para consolidar economia de baixo carbono

Inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa é ferramenta fundamental para entender quais são as principais fontes de emissão da indústria e, a partir disso, traçar plano de mitigação 


Florianópolis, 31.3.2022 – Reduzir as taxas da emissão de carbono e assegurar a sustentabilidade do negócio é um dos desafios que a indústria vem enfrentando para contribuir com os esforços de frear o aquecimento global. O tema foi abordado nesta quinta-feira (31), em reunião conjunta do Comitê Estratégico para Logística Reversa e da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIESC.

Juliana Falcão, especialista em políticas e indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), frisou que “a base de tudo é o inventário corporativo para entender quais são as emissões da indústria e, a partir disso, fazer um plano de mitigação”. Quatro fatores são preponderantes para consolidar a economia de baixo carbono no Brasil: transição energética, precificação do carbono, economia circular e conservação florestal. “Precisamos de uma estratégia ampla e integrada para redução de emissões, um plano de descarbonização para o país e investir em pesquisa e desenvolvimento visando novas tecnologias de baixo carbono”, acrescentou.

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A transição energética consiste na passagem de uma matriz em que predomina a utilização de combustíveis fósseis, com elevada emissão de gases de efeito estufa (GEE), para uma ancorada em fontes renováveis e com baixa emissão de carbono. A promoção por parte dos países de um conjunto de inovações e transformações na forma como produzem e consomem a energia é uma das bases para a consolidação de uma economia de baixo carbono.

Durante a COP 26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), o Brasil oficializou a meta de neutralidade de emissões até 2050. A meta é reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 50% até 2030, com base nos níveis de 2005. O Brasil também assumiu o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028.

::: SC amplia ações para reduzir emissão de gases de efeito estufa
Leonardo Ferreira, secretário-executivo do meio ambiente de Santa Catarina, falou sobre as ações do governo para engajar os municípios na gestão climática do estado, que ainda não possui seu próprio inventário e usa como base o documento nacional. “Nosso dever de casa é realizar o nosso próprio inventário, estruturar programas de mitigação de emissões e de adaptação, além da implantação do ESG”, comentou.

Atualmente, 50% da população do estado é atendida por coleta seletiva, de acordo com o secretário. Entre os avanços destacados por Ferreira estão o plano estadual de resíduos sólidos e a consolidação da regionalização dos serviços, por meio de consórcios públicos intermunicipais para eliminar lixões e utilizar aterros sanitários. O governo também estuda o aperfeiçoamento do transporte coletivo metropolitano para atender diariamente mais de 165 mil usuários. Com o apoio da Epagri, disseminou soluções e tecnologias como o sistema de plantio direto, adotado por vários produtores. Também implantou um sistema integrado de monitoramento e alertas de desmatamento, em parceria com instituições da Noruega que fornecem imagens de satélite de alta resolução em tempo real. 

A reunião tratou ainda dos efeitos do decreto n° 10.936 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e cria ainda o Programa Nacional de Logística Reversa. A regulamentação é considerada um marco na legislação a respeito desse tema. Victoria Rocha, da ‘Eu Reciclo’, certificadora de logística reversa, detalhou o assunto. O decreto determina que fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos são responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos. A responsabilidade compartilhada será implementada de forma individualizada e encadeada.

O presidente da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIESC, José Lourival Magri, chamou a atenção para o terceiro ano consecutivo de escassez em Santa Catarina. “Precisamos pensar nisso. Oeste e Sul estão passando por esse problema. Além disso, entre os itens mais preocupantes no mundo, está a mudança climática”, afirmou.

Albano Schmidt, presidente do Comitê Estratégico para Logística Reversa, destacou que os temas tratados na reunião cada vez mais andam juntos e que “precisamos lidar com meio ambiente e logística reversa como se fossem uma coisa só”. 


Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

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