Florianópolis, 31.8.2023 - O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 5 pontos em agosto deste ano e chegou a 108,5 pontos. O crescimento da incerteza veio depois de quatro quedas consecutivas, que haviam levado a uma redução de 13,2 pontos.
Mesmo com a alta, o indicador ainda está 8,2 pontos abaixo do ponto mais alto do ano (116,2 pontos), registrado em março.
A alta em agosto foi puxada apenas pelo componente mídia, que é baseado na frequência de notícias com menção à incerteza publicadas na imprensa e que subiu 6,6 pontos.
Segundo a economista Anna Carolina Gouveia, da FGV, depois de chegar ao menor nível desde 2017, a incerteza econômica no país voltou a crescer devido a ruídos externos, como as notícias sobre as atividades econômicas dos Estados Unidos e da China, além do ambiente político da Argentina.
Por outro lado, o componente expectativas, que é construído a partir das previsões de analistas ouvidos pela pesquisa Focus, do Banco Central, recuou 3,4 pontos. Eles citam uma menor incerteza sobre os cenários de inflação e juros para daqui a um ano no Brasil.
Composição do índice
O Indicador de Incerteza da Economia é composto por dois componentes:
- Mídia, que é baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online;
- Expectativa, que é construído a partir das previsões dos analistas ouvidos pela pesquisa Focus do Banco Central.
Com informações da Agência Brasil