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Governança corporativa é poder compartilhado, mostram executivos

Décio da Silva, da WEG, Bruno Salmeron, da Schulz, e Jorge de Freitas, da Intelbras, compartilharam no Radar Reinvenção suas experiências integrando conselhos de companhias; painel foi mediado pela vice-presidente da Olsen, Elisa Olsen


Florianópolis, 3.4.2024 - A governança corporativa no mundo empresarial é ‘poder compartilhado’. Isso é o que executivos que participaram nesta quarta-feira, dia 3, do Radar Reinvenção, na Federação das Indústrias (FIESC), apontam ao falar sobre o papel dos conselhos nas companhias. Décio da Silva, da WEG, Bruno Salmeron, da Schulz, e Jorge de Freitas, da Intelbras, participaram do painel que abordou o tema.

“Brinco que Deus deveria ter nos dado dois olhos para olhar a curto prazo e o dia a dia e um com visão mais longa. Esse equilíbrio entre o curto e o longo prazo é o que todos nossos gestores devemos perseguir. As companhias precisam se preparar e fortalecer seus conselhos de administração. Compliance, controles internos e questões éticas são temas que devem ser tratados no conselho de administração”, alertou Décio da Silva.

Novas gerações 

Para Bruno Salmeron, diretor de operações da divisão automotiva da Schulz S.A., governança é uma pauta de família. Lá, a inserção no negócio de novas gerações ocorre aos 13 anos. “Eu nasci nos fundos da empresa da minha família, que é italiana, e eu aprendi muito com as dores do meu avô, Bruno Ferrari”, contou. Salmeron compara a governança a uma ampulheta, com acionistas e conselho de administração numa ponta, planejamento e gestão estratégica na outra e o CEO que transita entre as duas extremidades. “Muitas vezes as famílias não estão preparadas para receber profissionais, ainda que tenham carreiras brilhantes. Governança é alinhamento e esse é o papel do CEO”, frisou.  

Ele afirma ainda que ter profissionais integrando conselhos de outras companhias enriquecem ainda mais as empresas, trazendo diversidade e novas visões para o negócio. “Meu avô já dizia que o papel de uma empresa é gerar resultados e manter seus postos de trabalho, é assim que a gente vem atuando”, finalizou.

Bruno Salmeron, da Schulz S.A, conta que novas gerações são inseridas no negócio aos 13 anos. Foto: José Somensi
Bruno Salmeron, da Schulz S.A, conta que novas gerações são inseridas no negócio aos 13 anos. Foto: José Somensi

Conselhos de família

Jorge Freitas, que preside o conselho de administração da Intelbras, revela que a empresa não emprega familiares. “Formamos uma holding para apoiar a administração do negócio. Em 2019, passamos a contar com um sócio chinês e, em 2021, fizemos o IPO. Na sequência, estruturamos o conselho de família, o protocolo familiar e, recentemente, o governance officer”, detalhou Freitas, que revelou o desejo de ‘passar o bastão’ em breve.

Elisa Olsen, vice-presidente da Olsen, mediou as discussões sobre governança corporativa lembrando que negócios familiares são ainda mais desafiadores. “A gente precisa dar um primeiro passo e muitas vezes a gente não quer gerar conflitos na família, quer que o patrimônio se perpetue por mais anos e isso acaba motivando a constituição de um conselho de governança”, comentou Elisa. Decio, da WEG, complementou informando que o aculturamento da família para o negócio é primordial. “Que bom quando na família temos pessoas preparadas, com cultura de acionista, de preservar o capital para seguir crescendo”. 

À tarde, a programação inclui painéis sobre performance e tendências na indústria. 

Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
 

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