Florianópolis, 06.11.2024 - A Engie Brasil Energia, sediada em Florianópolis, divulgou nesta terça-feira (05) o relatório referente ao terceiro trimestre de 2024. Nele, a empresa destaca que, em agosto, o Conjunto Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, foi finalizado, entrando 100% em operação comercial. Com 70 aerogeradores e capacidade instalada de 434 MW, este é o quinto Conjunto Eólico da Engie em operação no Brasil, somando cerca de 1,7 GW de potência instalada nesta fonte no país.
No mesmo mês, o início antecipado da operação comercial do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, foi um marco na implantação de um dos maiores projetos de energia eólica já construídos em fase única pelo Grupo Engie no Brasil e no mundo. Composto por 24 parques eólicos em Gentio do Ouro, o empreendimento alcançou 80,4% do progresso da obra e tem conclusão prevista para o primeiro semestre de 2025, quando adicionará mais 846 MW de capacidade instalada ao parque gerador da Companhia.
Ao fim de setembro a empresa operava um parque gerador de 11 GW, composto de 109 usinas, sendo 11 hidrelétricas e 98 complementares — centrais a biomassa, PCHs, eólicas e solares —. Destas, 105 pertencem integralmente à Engie e quatro (as hidrelétricas Itá, Machadinho e Estreito e a usina de cogeração a biomassa Ibitiúva Bioenergética) são comercialmente exploradas por meio de parcerias com outras empresas.
Investimentos em transmissão
Também no terceiro trimestre, a Engie arrematou o Lote 1 no Leilão de Transmissão Aneel 02/2024, com cerca de 780 quilômetros de extensão, a ser implantado nos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. O Sistema de Transmissão Graúna, como foi nomeado, inclui ainda a continuidade na prestação de serviços de 162,6 quilômetros de linhas de transmissão e duas subestações já existentes.
O terceiro trimestre de 2024 também foi marcado pelo início das obras do Sistema de Transmissão Asa Branca, que percorrerá os estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, com um total aproximado de 1.000 quilômetros de linhas de transmissão, e que conta com a ampliação de cinco subestações associadas. Neste primeiro trecho de obras, com 334 quilômetros de extensão entre a subestação Morro Chapéu II e a subestação Poções III, que passam 19 municípios da região Centro-Sul da Bahia, devem ser gerados cerca de 2 mil empregos diretos. Além de Asa Branca e Graúna, a Companhia possui mais de 2.700 km de linhas de transmissão energizadas no Paraná, Pará e Tocantins.
Mercado livre de energia
A empresa registrou aumento de 55,1% no total de consumidores livres no trimestre, com relação ao mesmo período do ano passado. A Engie sustenta um market share de 7,5% na comparação ao total de energia livre.
O preço médio de venda de energia, líquido dos encargos sobre a receita e operações de trading, foi de R$ 215,96/MWh no terceiro trimestre, valor 3,6% inferior ao do mesmo período de 2023, que foi de R$ 223,97/MWh. Desconsiderando o impacto dos ressarcimentos nos trimestres, o preço médio líquido de venda de energia passou de R$ 228,84/MWh no 3T23 para R$ 226,92/MWh no 3T24, redução de 0,8%.
Segundo a empresa, a redução do preço entre os períodos foi motivada, majoritariamente, pela melhora no cenário hidrológico ocorrida nos últimos anos, combinada com o aumento de oferta de energias renováveis; e pelo acréscimo dos ressarcimentos anteriormente citados.
Resultados financeiros
A Engie registrou Ebitda ajustado de aproximadamente R$ 1,7 bilhão no terceiro trimestre, redução de 5,8% no comparativo com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado do 3T24 foi de R$ 666 milhões, valor 28,2% abaixo do alcançado no 3T23.
Dentre os efeitos, a empresa destaca a venda parcial da participação na TAG e aumento em custos de material e serviços de terceiros, fatores atenuados pela redução dos custos com compra de energia elétrica para portfólio e resultado positivo nas operações no mercado de curto prazo.
A companhia aportou R$ 1,9 bilhão em novos projetos no terceiro trimestre, chegando a R$ 7,5 bilhões investidos nos nove primeiros meses do ano. Os valores se destinaram, majoritariamente, à conclusão de obras em complexos eólicos e fotovoltaicos, além do valor comprometido para a aquisição de ativos fotovoltaicos realizada pela Companhia em fevereiro deste ano.
“Continuamos investindo em energia renovável e transmissão visando à execução da nossa estratégia de crescimento. Nosso negócio requer capital intensivo, com retornos a longo prazo, e é por isso que a nossa disciplina financeira é tão importante. Seguimos comprometidos com a transição energética, que é determinante para os cenários que se desenham hoje e no futuro, atendendo às necessidades de descarbonização das operações dos nossos clientes”, destaca Eduardo Sattamini, diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia.
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