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Florianópolis, 28.4.202 - A indústria de Santa Catarina registrou saldo positivo de 10.612 vagas de emprego em março. O resultado é o terceiro melhor do país, atrás apenas de São Paulo e Rio Grande do Sul. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram analisados pelo Observatório FIESC, nesta quarta-feira, dia 28. O mercado de trabalho catarinense abriu 20.729 vagas no mês - a indústria respondeu por 44% do total das contratações.
“A boa notícia é que a geração de postos de trabalho se deu em praticamente todos os setores industriais e ocorre pelo terceiro mês consecutivo. O emprego é um indicador consistente de recuperação da economia. Santa Catarina vem registrando índices positivos em outros indicadores também, como é o caso da confiança do industrial, que está com desempenho acima da média nacional, e na atividade econômica (IBC), que cresceu 2% em fevereiro, superando a média brasileira no período, que foi de 0,98%”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
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A análise do Observatório FIESC mostra que entre os destaques positivos do mês estão o setor de têxtil, confecção, couro e calçados, que ficou com saldo positivo de 2.545 novas vagas. Em segundo lugar ficou metalmecânica e metalurgia, com saldo de 1.613, seguido de construção (1.549), madeira e móveis (1.092), máquinas e equipamentos (977) e alimentos e bebidas (929). Apenas o setor de fármacos e equipamentos de saúde registrou fechamento de 22 vagas em março.
“Os investimentos em bens de capital observados em 2021 estão refletindo nos setores de metalmecânica e metalurgia e de máquinas e equipamentos. Os dados de produção industrial divulgados recentemente demonstraram o aquecimento nesse segmento da indústria. Naturalmente, já é possível observar o desempenho positivo no mercado de trabalho, uma vez que ambos os setores foram responsáveis pela criação de 2.590 novos empregos no mês de março”, destaca a análise da FIESC.
Na avaliação, o Observatório salienta que o comportamento de expansão no setor de bens de capital também é observado na economia brasileira. “Essa dinâmica está demonstrando maior demanda de bens de capital para o setor agrícola, construção civil e setor industrial. O investimento em bens de capital está relacionado ao aumento na capacidade de oferta da economia. Esse processo poderá auxiliar na equalização entre a oferta e a demanda, bem como no nível de preços”, explica a análise da FIESC.