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Capital humano: base da nova indústria

Confira artigo do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.

Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC - Foto: Filipe Scotti

Com uma política industrial formalizada, a sociedade brasileira assume como prioridade a modernização e o fortalecimento de sua indústria. Santa Catarina, um dos estados mais industrializados do País, terá diversas oportunidades para crescer ainda mais em áreas como agroindústria, bioeconomia e defesa, além de realizar a transformação digital e acelerar a transição ecológica. Porém nós, que vivemos o dia a dia da indústria, sabemos que os R$ 300 bilhões em recursos previstos no programa não serão suficientes para a travessia. Precisaremos contar com um capital extremamente importante que atualmente é escasso: o capital humano.

Com baixíssimas taxas de desemprego, há alguns anos vivemos em Santa Catarina uma situação em que há milhares de vagas abertas na indústria sem que existam pessoas aptas a ocupá-las. Esta, porém, é apenas a ponta do iceberg. Diante das profundas transformações que teremos pela frente, o setor demandará ainda mais pessoas com excelente base educacional, altamente qualificadas em diversas tecnologias e dotadas de competências como perfil colaborativo, liderança e flexibilidade. As conhecidas deficiências do setor educacional brasileiro serão uma barreira para que a indústria alcance o almejado protagonismo.

É para fazer frente a esses problemas que a FIESC realiza os maiores investimentos em educação de sua história, ao mesmo tempo que ajusta o foco das ações. Em 2023, mais de 260 mil matrículas foram realizadas em cursos oferecidos pelas entidades que integram a Federação, um crescimento de 75% sobre o ano anterior. Numa das pontas está oferecendo, por meio do SENAI, programas de qualificação para permitir a ocupação imediata das vagas abertas. Na outra ponta, com visão de futuro, a FIESC está formatando uma rede de ensino básico capaz de atender as necessidades da chamada neoindustrialização.

A Escola SESI de Referência de Joinville, inaugurada recentemente, é um exemplo. Com metodologias inovadoras e levando para as escolas o mindset da indústria, um dos principais objetivos é aumentar radicalmente a qualidade do ensino de matemática e a proficiência dos alunos nesta disciplina, que é fundamental para o desenvolvimento do setor. Para multiplicar os resultados estamos firmando parcerias com o setor público, transbordando as metodologias do SESI para escolas das redes municipais e estadual. O desafio do capital humano, em suas diversas dimensões, é o tema da matéria de capa desta edição.

Mario Cezar de Aguiar - Presidente da FIESC

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