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SENAI e MIT iniciam projeto para criação de cluster aeroespacial no Sul do Brasil

Proposta foi submetida pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados no último trimestre de 2024 e selecionada pelo MIT no início deste ano

Florianópolis, 17.03.2025 – O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) realizam, nesta semana, os primeiros passos para a criação do cluster de Inovação New Space no Brasil. A proposta foi submetida pelo Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados no último trimestre de 2024 e selecionada pelo MIT no início deste ano e visa propor um ecossistema de inovação espacial no país, com foco em Florianópolis. A primeira atividade in-loco foi um encontro institucional nesta segunda-feira (17) com o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, para alinhar os objetivos estratégicos do projeto.

A participação do MIT se dá no âmbito do programa de Laboratório de Organizações Globais (Go-Lab), um laboratório intensivo de Action Learning dentro do Execuive MBA (EMBA). O GO-Lab faz parcerias com organizações multinacionais para abordar desafios ou oportunidades críticas de gestão transfronteiriça. Trata-se de um projeto de quatro meses (janeiro a abril), que inclui discussões com estudantes no campus e o estudo de caso em organizações de várias regiões do mundo, no caso o Instituto SENAI de Inovação de Florianópolis. Até o momento, mais de 130 organizações em todo o mundo sediaram projetos do GO-Lab e alavancaram equipes de EMBA para análise focada e objetiva de seus desafios organizacionais estratégicos.

Aguiar destacou que Santa Catarina já tem experiências no desenvolvimento de nanossatélites. “O Instituto SENAI de Sistemas Embarcados participou do desenvolvimento do VCUB, uma iniciativa da empresa Visiona Aerospacial. Além disso, o mesmo instituto e a Universidade Federal estão desenvolvendo dois exemplares da Constelação Catarina”, explicou.

Para Pablo Garcia Naranjo, diretor sênior de estratégia da Orbia e integrante da comitiva do MIT, a iniciativa diz respeito ao presente, não mais ao futuro. “O espaço novo já está lá fora. Do GPS, Google Maps, o celular, tudo vem da tecnologia espacial. Todos os países estão investindo na tecnologia espacial. Então, o Brasil precisa estar no jogo”, frisa. Ele acrescenta ainda que a indústria é uma das principais interessadas em avanços neste setor, pois cria processos mais eficientes usando a tecnologia espacial.

Principais Propostas e Características do Projeto

“O projeto seguirá em desenvolvimento nos próximos meses. A proposta final abrangerá um modelo de governança, sustentabilidade e empreendedorismo para estruturar o cluster aeroespacial no Brasil, garantindo sua viabilidade e alinhamento com a regulamentação nacional”, afirma o diretor regional do SENAI/SC, Fabrízio Pereira.

Entre as principais frentes propositivas, estão a pesquisa e a inovação em foguetes, rovers (veículos de exploração espacial projetados para se moverem pela superfície de planetas, luas ou outros corpos celestes), nanossatélites e Internet das Coisas (IoT) aplicada ao setor de economia aeroespacial. A capacitação profissional também é um eixo estratégico, com a criação de cursos técnicos, graduações e pós-graduações em engenharia aeroespacial e áreas correlatas.

Além disso, o projeto prevê investimentos de infraestrutura, como laboratórios de ponta, além de espaços colaborativos voltados à experimentação e desenvolvimento de novas soluções tecnológicas para o ecossistema. O fomento ao empreendedorismo ganha destaque com programas de incentivo a startups, incubadoras, hackathons e premiações.

No cenário internacional, o cluster buscará ampliar sua atuação por meio de parcerias estratégicas, incluindo os Acordos Artemis, que promovem intercâmbio de tecnologia e alinhamento com padrões globais da indústria espacial.

O projeto também prevê a criação de um modelo de governança que garanta a distribuição equitativa de recursos, a simplificação de processos regulatórios e a promoção da colaboração entre os atores envolvidos. A meta é posicionar o Brasil como referência em inovação espacial na América Latina até 2030, impulsionando o desenvolvimento econômico e tecnológico do país.

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Visita MIT
Comitiva conheceu o Observatório FIESC e as entregas que podem ser feitas a partir da análise de dados. Foto: William Morais 

A delegação envolvida do MIT é composta por Rachit Agarwal, atuário-chefe da Sun Life International; Pablo Garcia Naranjo, diretor sênior de estratégia da Orbia; Priya Sundararaman, chefe de ciência de dados para produtos de talento na Amazon e Kathryn Wallach, engenheira de sistemas chefe, atua no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins. Durante esta semana, eles vão percorrer as diversas organizações e estar em reunião com stakeholders da região e que podem integrar o cluster.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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