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Recuperar tardiamente a educação é mais caro e menos eficiente do que na infância

Presidente da FIESC, Glauco José Côrte, ministrou palestra no Instituto Pró-Rim de Educação e Pesquisa em Saúde, em Joinville, nesta sexta-feira (13)

 

Joinville, 13.11.2015 – Recuperar tardiamente a educação que deveria ter sido ministrada na infância é 60% mais caro e apresenta resultados menos eficientes. A afirmativa foi feita pelo presidente da FIESC, Glauco José Côrte, em palestra durante evento alusivo ao 10º aniversário do Instituto Pró-Rim de Educação e Pesquisa em Saúde, braço educacional da Fundação Pró-Rim. Além do aspecto econômico, Côrte destacou que a baixa escolaridade impacta na estimativa de vida. “Os filhos de uma mãe com baixa escolaridade têm cinco vezes mais risco de morte do que os filhos de mães com bom nível de escolarização, pelos cuidados com higiene e saúde dispensados”, afirmou. 

Falando aos alunos e funcionários da Fundação e do Instituto, além de visitantes, Côrte referiu-se aos estudos que levaram o economista americano James Heckman a conquistar o Prêmio Nobel de Economia do ano 2000, segundo os quais, inteligência e habilidades sociais são desenvolvidas em uma idade precoce – e ambas são essenciais para o sucesso. Côrte observou que as pessoas estão mais propensas a absorver conhecimentos e habilidades nesta fase, do que em idades mais avançadas. Por isso, o aprendizado tardio é mais caro e menos eficiente.

Além disso, Côrte enfatizou que a relevância de programas sociais que tenham foco nas famílias, de modo que elas consigam fornecer os incentivos certos num momento-chave. É o caso do Programa Pais Pela Educação (iniciado em 2014) e o Dia da Família na Escola, uma proposta de lei apresentada ao governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. As duas iniciativas surgiram do Movimento A Indústria pela Educação, lançado pela FIESC em 2012, e que hoje conta com a adesão de 2,2 mil organizações, das quais 2.048 são indústrias (que geram 345 mil empregos).

Na palestra, Côrte voltou a fazer referência ao desempenho brasileiro no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No último levantamento, de 2012, envolvendo 65 economias, o Brasil ficou na 55ª posição em leitura, 59º em ciências e 58º em matemática. Os resultados evidenciam, segundo Côrte, que “um aluno chinês de 10 anos, um coreano de 11 anos ou um americano de 12 anos, têm mais conhecimento de ciências, matemática e leitura do que um brasileiro de 15 anos”. 

“O Brasil precisa fazer um grande esforço para recuperar essa condição muito modesta em educação. No último Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), 500 mil estudantes tiraram nota zero em redação. São dados que mostram as deficiências nestas áreas que são fundamentais para a profissionalização e um bom desenvolvimento de carreira para jovens que estão chegando às escolas e ao mercado de trabalho”, destacou o presidente da FIESC. 

 

Ivonei Fazzioni
48 3231-4673
48 8421-3600
ivonei@fiesc.com.br

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