Florianópolis, 01.11.2023 - Nos primeiros nove meses deste ano, o porto de São Francisco do Sul já recebeu 1,9 milhão de toneladas de fertilizantes, o que representa 7% do total importado pelo país nesse período (28,5 milhões de toneladas).
O produto, que é utilizado para melhorar a produtividade e a qualidade da agricultura, tem como principal provedor a Rússia (23%), seguido pelo Canadá (15%), China (10%), Estados Unidos (7%) e Marrocos (7%). O restante dos fertilizantes é originário de países do Oriente Médio, como Omã, Arábia Saudita e Irã.
Desde janeiro, o porto recebeu 69 navios com fertilizantes com, em média, 27,5 mil toneladas do produto cada um. Além de Santa Catarina, os fertilizantes que chegam ao maior porto catarinense têm como destino Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Negócios de R$ 4 bilhões
A importação de fertilizantes pelo porto de São Francisco do Sul, em 2023, movimentou cerca de US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões), levando em consideração o valor médio de US$ 405 por tonelada, negociado ao longo do ano. Segundo o Canal Rural, o preço do adubo foi baixando nos últimos meses. O valor médio pago por tonelada em setembro foi de US$ 308, 50% menor que os US$ 621 por tonelada desembolsados em setembro de 2022.
Comparação com 2022
O Brasil importa 80% de todo o fertilizante que consome, porém, ao longo deste ano, o desembarque do produto diminuiu. No primeiro semestre de 2023, houve uma queda de 14,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações do Globo Rural.
Essa tendência foi confirmada em setembro no porto de São Francisco que recebeu 216 mil toneladas do adubo, uma redução de 16% quando comparado ao mesmo mês do ano passado (256 mil toneladas). A expectativa, no entanto, é que até o final do ano aumente a importação, em razão da expectativa de nova supersafra no próximo ano.
Fertilizante x Agrotóxico
Os fertilizantes, que não pertencem à família dos agrotóxicos, são compostos químicos utilizados na agricultura para fornecer nutrientes ao solo e conseguir ganho na produtividade. Eles são essenciais para as plantações de milho, soja, arroz e trigo. O adubo em pequenas bolinhas (similar às de isopor) é produzido artificialmente em fábricas, que fazem a mistura de elementos minerais como nitrogênio, fósforo, calcário e potássio.
Com informações do Porto de São Francisco do Sul.