A semana que celebra o Dia Mundial da Educação (28 de abril) nos remete à reflexão sobre o tema. Aqui neste espaço temos destacado a relação entre a educação, a competitividade do País e o desenvolvimento social, em especial o grande desafio que temos pela frente. Mas há avanços que precisam ser registrados. Se em 2008 apenas 43% dos trabalhadores da indústria catarinense tinham escolaridade básica completa, hoje já são 55%, o que equivale a 485 mil industriários.
Hoje queremos abordar outro enfoque: a necessidade de reduzir o descompasso entre juventude, educação e o mundo do trabalho. No Brasil, 1,3 milhão de estudantes deixaram a escola em 2014, de acordo com o último censo escolar. É como se a cada 24 segundos, um aluno abandonasse a sala de aula, um impacto de R$ 7 bilhões nos cofres públicos. Além disso, 9% dos jovens catarinenses entre 15 e 29 anos não trabalham e nem estudam e cerca de 40% dos estudantes do ensino médio não concluem o curso.
É por isso que, em sua nova fase, o Movimento A Indústria pela Educação, da FIESC, decidiu estimular os jovens para uma atuação mais colaborativa com a escola e mais próxima do mundo do trabalho. O Movimento conta, também, com parceiros que se empenham nesta causa, como o Todos pela Educação, a Fundação Victor Civita, representantes dos trabalhadores, o Instituto Ayrton Senna e a HAMK – Universidade de Ciências Aplicadas da Finlândia.
A proposta, para os próximos anos, é transformar a iniciativa, hoje centrada na indústria, em Movimento Santa Catarina pela Educação, agregando outros setores da economia e da sociedade que partilham da mesma causa. O desafio é ainda maior, mas é pela educação que manteremos o nosso Estado na rota da inovação e do desenvolvimento social e econômico.
Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado nos jornais Diário Catarinense e A Notícia na quarta-feira, dia 29 de abril