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Indústria vai à COP28 debater estratégia climática e mostrar soluções do setor

Presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, integra comitiva da CNI no evento, que além de industriais, reunirá chefes de estado e representantes de organizações da sociedade civil 

Florianópolis, 28.11.2023 - A indústria brasileira se prepara para uma participação recorde na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), com a presença de mais de 100 empresários e uma intensa agenda de atividades. Pela primeira vez, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) terá um estande próprio no evento e vai apresentar o trabalho que o setor vem fazendo para se tornar cada vez mais sustentável.

“Vemos a COP28 como uma boa oportunidade para avançar nas agendas de  transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. E buscaremos esse objetivo tanto pela troca de experiências quanto pela prospecção de parcerias e tecnologias que contribuam para a competitividade e a sustentabilidade da indústria” afirma o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e vice-presidente da CNI, Mario Cezar de Aguiar, que integra a comitiva.

O espaço da CNI terá 100 m2 e vai sediar debates, painéis e apresentações de empresas convidadas. São mais de 40 atividades previstas, em que serão discutidos temas como financiamento climático, mercado de carbono, o potencial da energia eólica offshore e de novas tecnologias, ações necessárias para adaptação às mudanças climáticas e capacitação dos países em desenvolvimento para lidar com essas questões.

Duas plantas industriais estarão expostas no estande para mostrar como produzir hidrogênio verde – energia sustentável na qual o Brasil é uma potência em ascensão - e como a semente de macaúba, uma palmeira nativa e disseminada pelo território brasileiro, pode se tornar um biocombustível.

“A COP28 é uma oportunidade de mostrar como a indústria brasileira já é parte da solução quando o assunto é sustentabilidade e adaptação às mudanças climáticas”, destaca Ricardo Alban, presidente da CNI, que cita o caso da indústria do cimento. “As emissões de gases de efeito estufa dos fabricantes de cimento instalados no país são 10% menores do que a média mundial”, diz.

Pesquisa recente realizada pela CNI com cerca de mil empresários industriais corrobora a preocupação do setor em relação à sustentabilidade. De acordo com o levantamento, nove em cada dez empresas industriais (89%) adotam medidas para reduzir a geração de resíduos sólidos, 86% têm ações para otimizar o consumo de energia e 83% implementam medidas para otimizar o uso de água.

>> Clique aqui para ver a programação do estande da COP28.

Diálogo empresarial

No dia 6 de dezembro, a CNI realizará o Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixo Carbono, evento que proporcionará um debate entre o setor empresarial brasileiro e estrangeiro alicerçado em quatro pilares estratégicos: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal.

Serão abordadas possibilidades de negócios e investimentos para a descarbonização da indústria e a contribuição do setor para que o país consiga atingir as metas de redução de emissões e dos assuntos relevantes da agenda climática discutidos na COP28.

Contribuições para a negociação global

A CNI também participa da conferência como membro-observador, contribuindo ativamente com o governo brasileiro nas negociações que realizará junto às demais partes. Nesse sentido, algumas das ações defendidas pelo setor incluem a definição da estratégia de descarbonização da economia, o avanço na implementação do mercado global de carbono e a mobilização dos países para o financiamento climático.

As propostas se encontram no documento Visão da Indústria para a COP28, entregue ao governo em outubro. Confira aqui.

Sobre o evento

A COP28 será realizada de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e reunirá líderes governamentais, executivos, especialistas e representantes da sociedade civil de todo o mundo para avaliar o progresso já alcançado pelo Acordo de Paris e estabelecer novas estratégias e medidas efetivas pelos países. São esperados mais de 70.000 participantes, incluindo chefes de estado, funcionários governamentais, líderes industriais, acadêmicos e representantes de organizações da sociedade civil.

Objetivos da CNI na COP28

- Apresentar experiências bem-sucedidas do setor industrial brasileiro relacionadas à estratégia de baixo carbono da CNI, nos 4 pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal e bioeconomia.
- Debater estratégias e iniciativas em neutralidade climática, adaptação climática, financiamento climático e comércio internacional.
- Discutir experiências internacionais e desafios da implementação de Sistemas de Comércio de Emissões, bem como a implementação do Artigo 6º do Acordo de Paris (regulamentação do mercado de carbono), considerando as regras aprovadas na COP26 e na COP27.
- Dialogar sobre políticas, programas e investimentos mundiais em bioeconomia, economia circular e tecnologias verdes como hidrogênio de baixo carbono, captura uso de carbono, entre outras.
- Promover a COP30 que acontecerá em Belém do Pará, em 2025.

Todos os painéis realizados no estande serão gravados e divulgados no dia seguinte no canal da CNI no YouTube.

Com informações da CNI.
 

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