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Indústria de SC avalia mercado livre de gás

Reunião na FIESC trouxe especialistas para discutir desafios e oportunidades da livre escolha de fornecedores às indústrias que consomem grandes volumes

Florianópolis, 29.08.24 - A demanda industrial pelo gás natural poderá atingir novos patamares no Brasil, com o aumento da concorrência motivada pelo maior número de fornecedores operando no mercado nacional. Esta é a avaliação dos especialistas que participaram da mesa redonda organizada sobre o mercado livre de gás organizada pela Câmara de Assuntos de Energia da Federação das Indústrias de SC (FIESC) nesta quinta-feira (29). 

O evento contou com representantes das indústrias catarinenses e as comercializadoras Petrobras e Edge, a distribuidora SCGás e a consultoria NewGás. Na avaliação dos especialistas, a preocupação com a segurança no suprimento, que era um dos principais entraves para o aumento da demanda no setor industrial, já está equacionada, com diferentes fontes de suprimento disponíveis e novos entrantes no mercado brasileiro. Um exemplo disso é a entrada em operação em Santa Catarina do Terminal Gás Sul, da New Fortress Energy, e a recém criada Edge, comercializadora do grupo Cosan, presente na mesa redonda.



Neste cenário, as indústrias de Santa Catarina, especialmente as consumidoras intensivas de gás, já podem se beneficiar da adesão ao mercado livre. Isso porque não existem impedimentos regulatórios para que as empresas elegíveis possam fazer a migração de seus contratos para o mercado livre. A informação é do diretor de energia, gás e recursos hídricos da Aresc, Silvio Rosa. “Não é a regulação catarinense que vai inibir essa migração. Os usuários podem decidir a partir da oferta e da melhor negociação, da melhor oportunidade para seus negócios”, explica. 

O diretor técnico comercial da SCGás, Tiago Cabral, informa que dentre os clientes industriais da empresa, os que cumprem os requisitos para a aderir ao mercado livre de gás são poucos em número de empresas, apenas 17. Ele explica, no entanto, que considerando o volume de gás, esses 17 clientes representam 70% do contratado. “Os consumidores cativos não serão afetados com uma eventual migração desses clientes para o mercado livre, uma vez que os contratos da SCGás com seus fornecedores já estão preparados para as possíveis migrações”, destaca.

O analista de comercialização da Petrobras, Rafael Rodrigo Longo, explica que a Petrobras revisou contratos de fornecimento para as distribuidoras como a SCGás prevendo eventuais reduções do volume contratado mediante aviso prévio, que varia de acordo com cada contrato. Ele destaca, no entanto, que com o aumento da oferta para indústria, o preço do insumo deve ficar mais competitivo, com reflexo na demanda. “O mercado livre de gás vai permitir flexibilização e personalização de contratos, e isso vai além do preço. Vai levar em conta características de consumo, sazonalidade, prazo de vigência de contratos, local de entrega”, detalha.

Para o presidente da NewGás, Pedro Franklin, o desafio da migração para o mercado livre de gás é grande, mas por estarem um dos estados em que a regulamentação não é empecilho, as indústrias catarinenses irão aderir. “Os primeiros contratos dão trabalho, mas não tem mais volta. Essas indústrias vão migrar, é uma questão de tempo”, avalia.

O diretor executivo da Edge, Guilherme Mattos, acredita que a adesão ao mercado livre de gás pode trazer competitividade para setores industriais que estão sofrendo com a entrada de produtos estrangeiros. É o caso do segmento de vidros planos, cujos produtos concorrem com importados da Malásia, e do setor siderúrgico, que enfrenta a concorrência com os produtos chineses. 

Para o presidente da Câmara de Energia, Manfredo Gouvea Junior, o gás é uma opção importante quando se pensa na descarbonização da indústria. Isso porque pode ser uma alternativa para a transição para fontes de energia limpa, especialmente o biometano.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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