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FIESC encerra missão que visitou portos da Ásia e de Dubai

Participantes observam como a proximidade entre indústria e portos alavanca o crescimento econômico nas duas regiões; missão da FIESC destaca importância de parceria também com setor público para infraestrutura de acesso aos terminais
Porto de Dubai movimenta cerca de 14 milhões de contêineres no ano. (Foto: Divulgação)

Florianópolis, 23.10.2024 - A parceria entre os setores público e privado na infraestrutura de acessos aos portos e a eficiência e qualidade das rodovias chamaram a atenção da missão da Federação das Indústrias de SC (FIESC) que visitou terminais portuários na China (Yantian e Shanghai), em Hong Kong e nos Emirados Árabes Unidos.

A visita ao Porto de Dubai, no dia 22, encerrou a missão liderada pelo presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, e acompanhada pelo vice-presidente, Gilberto Seleme; pelo presidente da Câmara de Transporte e Logística da Federação, Egídio Antônio Martorano e pelo gerente da área de internacionalização, Paulo Koerich, além de Maurício Battistella, membro do conselho de administração do Porto Itapoá.

Outro destaque foi o investimento na preparação dos portos para receber a atracação simultânea de navios de grande porte, de cerca de 400m, além da tecnologia envolvida para tornar a operação cada vez mais automatizada. “Nesses portos que visitamos, observamos que há todo um incentivo, uma facilitação do setor público para que se façam os investimentos para modernização e expansão dos terminais, existe uma política industrial robusta que favorece o comércio exterior, que não vemos no Brasil”, avalia Aguiar.

Para o presidente da FIESC, a estratégia de alocar zonas francas adjacentes aos portos, como visto em Dubai e na província de Shenzhen, na China, acaba impulsionando o desenvolvimento de ambos, com o setor produtivo demandando mais serviços e fomentando o crescimento das operações portuárias. 

A Zona Franca de Jebel Ali, onde está localizado o porto de Dubai, reúne mais de 10 mil empresas instaladas e emprega mais de 135 mil pessoas. Criada em 1985, hoje é responsável por 23% do PIB de Dubai. Já o terminal de Yantian, em Shenzhen, que também está localizado em uma uma zona franca e movimenta 14 milhões de contêineres no ano, abriga no seu entorno indústrias, otimizando a operação, ao permitir a armazenagem, unitização e distribuição de produtos e, em alguns casos, até a fabricação no entorno do terminal.

Comitiva da FIESC visita porto de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos


Na avaliação de Martorano, a experiência internacional mostra que um porto, além de ser uma estrutura estratégica para a logística da indústria e sua cadeia de suprimento e distribuição, tem implicações sociais e econômicas para todo o país na geração de empregos, renda e tributos. “Fica evidente a percepção de todos de que além da movimentação de cargas, o porto pode ser uma estrutura apropriada para a instalação de indústrias. Isso mostra que planejar políticas públicas baseadas em critérios técnicos, estimular o investimento privado e manter um ambiente jurídico e institucional favorável com regras ambientais claras e boa gestão da infraestrutura traz resultados”, afirma Martorano.

Para Maurício Battistella, conselheiro do Porto Itapoá, a despeito das diferenças na infraestrutura de acesso aos terminais visitados em relação à realidade brasileira, quando o assunto é eficiência, os portos catarinenses competem em igualdade de condições e, em alguns casos, com produtividade por equipamento superior.

“Operacionalmente somos muito eficientes, mas não temos a escala ou a infraestrutura de suporte que eles têm nos portos que visitamos”, explica. “Cada um dos portos que a gente visitou tem capacidade, individualmente, de movimentar o volume de carga que o Brasil todo movimenta. Isso nos dá a dimensão da escala desses países no comércio internacional”, acrescenta.


Descarbonização e transformação digital
Tema recorrente na indústria, a descarbonização do transporte de cargas também foi tema das visitas. Aguiar destaca os investimentos dos portos em modernização de equipamentos e estratégias para reduzir emissões. “Todos os portos visitados possuem políticas bem definidas para a descarbonização, com metas estabelecidas e investimentos em transição energética e equipamentos de baixa emissão”, destaca. 

Também chamou a atenção da comitiva os investimentos em inovação e automação de operações. “Em Dubai, visitamos dois centros de controle operados por joysticks e uma estrutura atualmente em testes no terminal 4 que funciona como uma espécie de armário para empilhar contêineres em ‘prateleiras’. Essa estrutura permite que os contêineres da parte inferior possam ser movimentados sem a necessidade de remoção dos demais, agilizando a operação”, explica o presidente da FIESC.

Canton Fair e visita a empresas
A programação da viagem incluiu ainda a visita a indústrias como a fabricante de veículos elétricos BYD, a Lesso Group, que produz materiais para a construção civil, e ainda a empresas da área de tecnologia em saúde, como a fabricante de equipamentos de diagnóstico por imagem Shanghai United Imaging Healthcare e também centros de inovação na China, além da primeira fase da Canton Fair. 

Confira as demais matérias sobre a missão:
- Missão da FIESC conhece operações do porto de Yantian
- Missão da FIESC inicia visita à Canton Fair 
- Na China, FIESC apresenta SC como destino para investimentos


Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas


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