Confira a cobertura fotográfica dos seminários no perfil da FIESC no Flickr.
Chapecó, 21.03.2016 – A administração das escolas precisa ser profissional e deve considerar pelo menos cinco grandes eixos: gestão pedagógica, gestão contábil, gestão de pessoas, gestão da informação, gestão da infraestrutura e gestão territorial. Esta é uma das conclusões dos dois eventos da série Diálogos sobre Gestão da Educação, promovida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), realizados nesta segunda-feira (21), em São Miguel do Oeste e Chapecó. Na terça (22), as cidades de Luzerna e Concórdia receberão os seminários.
“Pesquisas indicam que uma educação de qualidade está diretamente relacionada com a boa gestão escolar. Portanto, nós temos essa missão de provocar, motivar as escolas, os secretários de educação, os diretores de escola a se profissionalizarem para poderem executar uma boa gestão escolar”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, que lidera os debates. Ele comparou a valorização da gestão à prática das indústrias de criar uma infraestrutura de apoio à atividade fim.
Conforme o consultor do Movimento A Indústria Pela Educação, Mozart Neves Ramos, que participa dos eventos e é diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, nos dias atuais, os administradores precisam buscar novas formas de atuação, construindo parcerias em busca de melhores resultados. No passado, o foco da gestão no âmbito da educação era especialmente direcionado ao pedagógico. Com a complexidade dos tempos, marcada por forte descontinuidades tecnológicas, a escola precisou se reinventar, buscar novas formas de atuação e parcerias em busca de melhores resultados.
Isso vem exigindo o alargamento da visão do papel da gestão. Novos tempos exigem novas posturas, em que a qualidade da gestão e sua profissionalização passam a ser determinantes para enfrentá-los. Segundo Mozart, 43% dos diretores de escolas são formados em pedagogia, curso que não tem disciplinas na área de gestão – seja financeira, de recursos humanos e outros. Precisa ter uma visão ampla, saber liderar, afirma. “Diretor de escola tem que entender de rede social”, exemplifica.
“A educação é o caminho para a recuperação do país. Pessoas formadas se viram sozinhas, encontram saídas, acham o caminho e votam certo”, lembrou Astor Kist, vice-presidente da FIESC para o Extremo-Oeste. O vice-presidente da FIESC para o Oeste, Waldemar Schmitz, defendeu uma maior eficiência no gastos do governo no setor. “Devemos integrar os valores, os conhecimentos da iniciativa privada à gestão pública”, disse.
A melhoria da gestão educacional é o tema de 2016 do Movimento A Indústria pela Educação. Em 2015, o tema abordado foi a família na escola, e o ano que vem serão os professores.
Movimento - Lançado em 2012 pela FIESC, o Movimento A Indústria pela Educação estimula a indústria a investir na elevação da escolaridade do trabalhador. Quando a iniciativa começou, 53% dos trabalhadores da indústria tinham escolaridade básica completa, segundo a RAIS. Hoje já são 56%.
São mais de 2,2 mil signatárias entre indústrias e apoiadores, além de parcerias relevantes, entre elas, a Federação dos Trabalhadores, a Secretaria de Estado da Educação, o Google for Education e os Institutos Ayrton Senna e Natura. Em 2016, a FECOMÉRCIO e a FAESC também se uniram à iniciativa. Com a entrada da Fetrancesc, prevista para as próximas semanas, o Movimento deve ser renomeado para Santa Catarina pela Educação.