Florianópolis, 17.02.2016 – A lentidão na execução das obras rodoviárias que o Estado precisa esteve no centro dos debates da Câmara para Assuntos de Transportes e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), que se reuniu nesta quarta-feira (17), em Florianópolis. Para o presidente da Câmara e primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, a atual dificuldade orçamentária do poder público reforça a necessidade da realização de parcerias com o poder privado. Seja através de concessões, seja por parcerias publico-privadas.
O industrial destacou, no entanto, que o Estado precisa rever a burocracia que acaba por gerar atrasos nas diversas etapas das obras. Ele citou o caso do Contorno Rodoviário da Grande Florianópolis, previsto inicialmente para estar concluído em fevereiro de 2012. Após uma série de entraves, a obra teve início no ano passado, mas as questões do trajeto e das desapropriações ainda não estão equacionadas.
“Na melhor das hipóteses, teremos o contorno pronto em 2019”, afirmou. Ele alertou que, com o crescimento da demanda, a tendência é que a inauguração da obra não leve o trecho urbano da BR-101 a uma situação melhor que a atual. “O custo que esta situação gera para sociedade é muito maior que o da execução da obra”, defendeu.
Presente no encontro, o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Wanderley Agostini, defendeu a municipalização dos trechos das rodovias estaduais que atravessam regiões urbanas. Ele deu como exemplo a situação da SC-401, na Capital, que tem um uso fortemente urbano, incluindo pedestres e ciclistas. Agostini também condenou a burocracia, que “gera muito desperdício de dinheiro”, e apoiou a participação da sociedade civil na cobrança de soluções para a infraestrutura de transportes.
Convidado a enviar um representante para reunião, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), afirmou que seu superintendente em Santa Catarina, Vissilar Pretto, estava em compromisso em Brasília e não poderia participar.
Fábio Almeida
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Para o primeiro vice-presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar, é preciso reduzir a burocracia e incentivar as parcerias com o setor privado