Joinville, 27.1.2015 – Depois de forte expansão entre 2012 e 2014, com aumento de matrículas e horas de serviços, o planejamento estratégico das entidades da FIESC para o período 2015 – 2022 prevê reforço na qualidade do atendimento à indústria, a consolidação do modelo de relacionamento com o mercado, a racionalização dos processos de apoio, além de ampliar a cobertura às pequenas indústrias. Educação e inovação são as prioridades, destacou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, durante encontro com colaboradores em Joinville, nesta terça-feira (27).
Côrte chamou a atenção para a posição de precedência que o tema educação recebeu no novo mapa estratégico da FIESC. O assunto passou a ser percebido como pré-condição para atingir os resultados também nas demais áreas de atuação das entidades da Federação, como inovação e tecnologia ou qualidade de vida. “Precisamos estar atentos à qualidade da educação que estamos oferecendo”, disse, após anunciar que a entidade fará pesquisas para medir os resultados dos serviços prestados à indústria.
A FIESC trabalha com a lógica de que, sem educação de qualidade, a indústria perde competitividade frente aos concorrentes internacionais. “Temos que estar preparados para um mundo do trabalho diferente daquele no qual nós fomos formados”, defendeu. E acrescentou que são as pessoas das entidades da FIESC que farão a diferença, e não os equipamentos.
A qualidade dos serviços é ainda mais importante para a competitividade da indústria em um cenário desafiador como o de 2015, argumentou Côrte, ao traçar um panorama da conjuntura, com previsão de mais aperto nas condições de financiamento globais e queda nos preços das commodities. Ele destacou que a última pesquisa Focus capta expectativa de manutenção de inflação elevada, o que afeta o consumo e, assim, o PIB industrial. Conforme levantamento da consultoria Betania Tanure e da revista Exame, 61% dos empresários se definiram pessimistas com relação à economia, mais da metade espera crescimento do PIB abaixo de 1% em 2015 e 90% irão manter ou reduzir o quadro de funcionários, mesmo percentual que planeja manter ou diminuir os investimentos.
Em Santa Catarina os indicadores econômicos mostram que 2014 foi um ano pior do que 2013 para a indústria, mas no qual o desempenho estadual ficou acima da média nacional. O presidente da FIESC espera o mesmo para 2015, em função de a economia catarinense ser diversificada e bem distribuída.
Elmar Meurer
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