Florianópolis, 29.4.2015 – O Movimento A Indústria pela Educação e a educação de jovens e adultos com foco no trabalhador da indústria foram destacados nesta quarta-feira (29) no fórum estadual de educação promovido pela Undime-SC (União dos Dirigentes Municipais de Educação). Participam do evento cerca de 300 profissionais entre secretários municipais de educação e suas equipes técnicas, além de lideranças municipais de todo o Estado.
Em sua fala com os participantes, o diretor-executivo do Movimento, Antônio Carradore, enfatizou as diversas ações promovidas por meio da iniciativa da FIESC. Entre as bandeiras defendidas pelo Movimento estão a participação ativa da indústria para a melhoria do nível de escolaridade dos seus trabalhadores e o fortalecimento das profissões industriais. Em relação à articulação e influência social, destacam-se a melhoria da qualidade da educação oferecida, a promoção da educação em tempo integral e o desenvolvimento profissional de docentes e gestores. “Queremos estimular a articulação do ensino médio com a educação profissional. No Brasil, apenas 12% dos alunos estudam nessa modalidade, enquanto que na Alemanha este índice chega a 53%”, exemplificou Carradore.
Outras iniciativas destacadas durante o evento foram a constituição do Observatório de Educação, com o apoio de parceiros como o Todos pela Educação e o Instituto Ayrton Senna, e das câmaras regionais do Movimento A Indústria pela Educação. Integrarão os grupos, que serão liderados pelos vice-presidentes regionais da FIESC, gestores estaduais e municipais de educação, sindicatos de indústria e do trabalhador, além de representantes da Undime-SC, diretores de escolas, jovens embaixadores do programa Conexão Jovem e empresários da região. Juntos, eles atuarão no sentido de identificar as prioridades de ações em suas respectivas regiões. Na opinião da presidente da Undime-SC, Astrit Tozzo, as ações da FIESC reforçarão o trabalho dos secretários municipais. “Com certeza as câmaras regionais e principalmente o observatório da educação serão fundamentais para o bom andamento das nossas atividades”, avalia.
Ainda pela manhã, a especialista Maria Aparecida Zanetti falou sobre os desafios da educação de jovens e adultos voltada para o trabalhador da indústria. Ela lembrou que pelo menos três metas do Plano Nacional de Educação abordam o tema. “Isso demonstra a importância da educação de jovens e adultos e é uma forma de reconhecer a dívida social do País com estas pessoas”, afirmou. Maria Aparecida também defendeu a oferta da educação de jovens e adultos de forma descentralizada, como a realizada pelo SESI, entidade da FIESC, que atende anualmente quase 20 mil trabalhadores que querem concluir a educação básica.
No Estado, mais de 1,9 milhão de pessoas com mais de 15 anos não têm instrução ou possuem o ensino fundamental incompleto, segundo o IBGE, e 50,2 mil são atendidas pela rede de ensino por meio da educação de jovens e adultos.
Elida Hack Ruivo
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