Robô pode se locomover sobre superfícies irregulares das plataformas - Foto: Shutterstock
O robô pintor resolve a maior parte dos problemas de manutenção dos costados das plataformas offshore da Petrobras, pois abarca as grandes superfícies planas. Mas as embarcações possuem áreas de acesso ainda mais difícil, tanto para humanos quanto para o robô. Para completar o serviço, o projeto de pesquisa aplicada gerou uma segunda máquina, que é capaz de operar em locais de inclinação variável e em recônditos onde não é possível a visão humana, além de áreas curvas como tanques e esferas para armazenagem de combustíveis.
O RDAR, ou robô de difícil acesso, tem função similar, mas concepção diferente do robô de pintura. Para poder se locomover em qualquer direção sobre superfícies irregulares, ele é equipado com três pares de rodas especiais (mecanum ativas) e com um conjunto de ferraduras magnéticas que garantem adesão ao costado até mesmo de cabeça para baixo. O robô pode desviar de qualquer obstáculo – um sistema de quatro câmeras proporciona ao operador uma visão de 360 graus, para auxiliá-lo na locomoção e na execução do serviço.
Um dos aspectos inovadores do projeto, de acordo com Doglas Negri, do ISI de Joinville, é o desenvolvimento do sistema de adesão magnética capaz de garantir posicionamento e locomoção estável nas situações mais críticas, além da transposição de obstáculos como cordões de solda. “O RDAR é capaz de realizar os serviços de manutenção com produtividade adequada, eficácia e repetibilidade”, afirma Negri.
O robô está na fase de testes em ambiente relevante, ainda em terra firme, realizando reparos em uma refinaria da Petrobras. A próxima etapa é de testes em ambiente offshore, nas plataformas de extração de petróleo em alto-mar.
Case no detalhe
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Investimentos
- R$ 10 milhões (até julho/22)
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Maturidade Tecnológica
- TRL 7