Elwin Futrell, 19 anos, estudante de graduação em Engenharia Elétrica, da Computação e Física no Massachusetts Institute of Technology (MIT), passou quatro meses em Florianópolis por meio de um programa que incentiva alunos da renomada universidade a viver experiências de intercâmbio de trabalho fora dos Estados Unidos. Entre inúmeras opções ao redor do planeta, Futrell escolheu o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE) para realizar seu Summer Internship, o estágio de verão.
O principal atrativo era a perspectiva de ter uma experiência prática em análise de sistemas de dados para fins de treinamento em inteligência artificial. Tudo transcorreu da melhor forma possível, conta o estudante. “A oportunidade de usar minhas habilidades em programação em um ambiente real, com excelentes mentores ao redor para me apoiar, foi um verdadeiro presente para a construção do meu repertório profissional. O que aprendi foi além das planilhas do Excel e dos scripts em Python. Aprendi uma lição sobre quebrar barreiras e ampliar perspectivas.”
Ele destaca que ter a possibilidade de conhecer o Brasil, sobre o qual tinha conhecimentos limitados, foi um bônus fascinante do intercâmbio. “Minhas perspectivas se ampliaram drasticamente ao aprender sobre a cultura, o estilo de vida, a economia e, o mais importante, as pessoas que compõem o Brasil. Tive a sorte de ter vindo não apenas para um lindo país, mas para a maravilhosa Florianópolis”, elogia.
A presença de Futrell representa uma reaproximação do SENAI catarinense com o MIT, diz a brasileira Rosabelli Coelho, diretora-gerente das relações entre o MIT e o Brasil. “A colaboração entre o MIT-Brazil e o SENAI de Santa Catarina é um exemplo poderoso de como o cultivo paciente de relações pode levar a oportunidades transformadoras no campo da educação e da pesquisa”, avalia ela ao relembrar o início da relação – o envio de um estudante do MIT, em 2015, para o Instituto SENAI de Inovação (ISI) em Joinville. “A sinergia entre a missão do SENAI/SC e a abordagem prática do MIT torna essa parceria natural e promissora em nossos esforços para conectar conhecimento, prática e impacto social, diz Rosabelli.
A executiva enfatiza que colaborações internacionais como essa são fundamentais para o MIT, pois dão aos estudantes a oportunidade de aplicar seus conhecimentos técnicos em contextos desafiadores e desconhecidos. “Ao mesmo tempo, desenvolvem consciência cultural e adaptabilidade, qualidades essenciais para a liderança global que o MIT busca formar”, conclui Rosabelli. Já para os parceiros brasileiros, a presença de estudantes da universidade, considerada uma das melhores do mundo, proporciona excelência técnica e um rico intercâmbio cultural. Giancarlo Marchesini, líder da área de Inteligência Artificial do ISI-SE, enfatiza que a vinda de Futrell, que atuou em um projeto de inteligência artificial para a agroindústria de soja, representou entrega efetiva de valor para os projetos do Instituto.
