Indústrias estudam impactos de tarifas e da economia norte-americana nas vendas externas; EUA são principal destino das exportações do segmento em SC, com 48,4% do total em 2024

Florianópolis, 26.06.25 - A indústria de móveis de Santa Catarina acompanha o desempenho das exportações do setor e avalia estratégias para vencer potenciais desafios diante do comportamento da economia dos Estados Unidos - principal comprador externo de móveis de madeira do estado. O país foi o destino de 48,4% das exportações catarinenses em 2024.

Em reunião da Câmara da Indústria do Mobiliário da Federação das Indústrias de SC (FIESC) realizada nesta quinta (26), a presidente da Câmara de Comércio Exterior, Maria Teresa Bustamante, destacou que desde o tarifaço e da abertura de uma investigação pelo governo dos EUA para avaliar o impacto das importações de madeira e seus derivados na segurança do país - a chamada seção 232, o segmento vem estudando estratégias para os desafios decorrentes da elevação de tarifas.

Estudo da FIESC aponta ainda que uma possível desaceleração da economia norte-americana também poderá ter efeitos sobre as encomendas de produtos brasileiros, já que a expectativa é de que, com uma inflação maior por lá e uma manutenção de juros, haveria redução de demanda. 

A despeito da concentração de vendas aos Estados Unidos, Maria Teresa destaca que as exportações catarinenses de móveis de madeira têm destinos diversificados. “O setor tem uma clara capacidade de abertura de mercados, o que se reflete em oportunidades para ampliar essas parcerias e reduzir o impacto das exportações para os Estados Unidos”, afirmou.

Potência no estado

Análise da FIESC mostrou ainda o forte encadeamento produtivo local do setor de móveis, evidenciando ainda mais a relevância do segmento para o estado. O estudo mostra que 65% dos insumos do segmento têm origem em SC, e 43% da produção tem como destino o consumo das famílias no próprio estado. A análise mostra que R$ 100 milhões em pedidos geram R$ 318 milhões em produção, capazes de se refletir na geração de 2,8 mil empregos.

Apesar do dinamismo do ramo, a atração e a formação de profissionais qualificados é um desafio. Para fortalecer a imagem do setor e apresentá-lo como atrativo para uma carreira, um o polo moveleiro do Planalto Norte criou o AMPLIA, com foco em construir estratégias que contribuam com a valorização e o desenvolvimento sustentável, através do aperfeiçoamento profissional, da qualidade de vida e da evolução tecnológica do setor moveleiro da região. “Com a participação das empresas e das entidades parceiras, estamos buscando soluções para oferecer qualificação e oportunidades de trabalho no setor, mostrando que é inovador, tecnológico e pode ser uma opção para os jovens entrarem no mercado de trabalho”, informa o vice-presidente da FIESC para o Planalto Norte e presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria do Mobiliário, Arnaldo Huebl.


Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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