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SC participa do Encontro Nacional da Indústria, em Brasília

Delegação é liderada pelo presidente da FIESC, que participará de painel com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles

Florianópolis, 10.11.2014 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) lidera delegação de 90 empresários e representantes de sindicatos de indústria filiados à entidade ao 10º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), o mais representativo evento empresarial da indústria brasileira, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento será realizado nesta quarta e quinta-feira (11 e 12), em Brasília. O grupo será liderado pelo presidente da Federação, Glauco José Côrte, que também será um dos debatedores do painel “Os cenários da economia brasileira” junto com o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Com o tema “Brasil: ajuste e correção de rota”, o evento reunirá cerca de 2 mil participantes e abordará os desafios para a economia e a produtividade e o contexto global pós-crise. Também debaterá as mudanças da competitividade da indústria brasileira e a sua inserção nos principais mercados mundiais.

Além do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, participará da abertura do evento o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falará sobre os desafios atuais da economia brasileira. O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton encerrará o ENAI, na quinta-feira, às 10h.

Entre os empresários que participarão dos debates estão Paulo Stark, presidente da Siemens, Marcos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil e da GM América do Sul, Vijay Gosula, sócio-diretor da McKinsey Brasil, Astor Schmitt, acionista e executivo de Relações Institucionais da Randon. O painel que debaterá a agenda do Congresso para a criação de um ambiente mais favorável aos negócios terá a presença dos senadores Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) e Ricardo Ferraço (PMDB/ES), e os deputados federais Bruno Araújo (PSDB/PE), Paulo Teixeira (PT/SP) e Celso Russomano (PRB/SP).

Equilíbrio fiscal: Na avaliação da CNI, o controle efetivo e duradouro dos gastos públicos depende, especialmente, da eliminação de mecanismos automáticos e obrigatórios de aumento de despesas, como a vinculação de gastos e a indexação automática de benefícios ao salário mínimo. Outro ponto fundamental para o equilíbrio das contas públicas é a reforma da Previdência Social.

Para contribuir com a pauta de redução dos custos, a CNI reuniu 120 medidas de baixo impacto fiscal que podem ser implementadas em paralelo ao ajuste das contas públicas. Essas ações, que são decisivas para reduzir a insegurança jurídica e a burocracia, estão reunidas no documento Regulação e Desburocratização, já entregue ao governo.

A expectativa da indústria é que o Poder Executivo e o Congresso Nacional superem as divergências políticas e estabeleçam uma pauta que recoloque o país na rota do crescimento. As empresas também precisam fazer sua parte, propondo soluções para os obstáculos ao crescimento e aperfeiçoando a gestão das empresas para aumentar a produtividade e os investimentos em inovação e oferecer ao mercado produtos de mais qualidade a preços mais baixos.

Conheça as mudanças inadiáveis propostas pela indústria

Reforma tributária precisa simplificar impostos e desonerar investimentos
Mais de 70% dos empresários reprovam o sistema tributário brasileiro, mostra a Sondagem Especial Tributação, feita pela CNI com 2.622 empresários de todo o país. Além da elevada carga tributária, os empresários dizem que o sistema tem um grande número de impostos, é muito complexo e pouco transparente, não respeita os direitos e garantias dos contribuintes, e traz insegurança jurídica.

Modernização da legislação trabalhista deve privilegiar a livre negociação
A modernização das relações trabalhistas é decisiva para dar segurança jurídica às empresas e assegurar os direitos dos trabalhadores. Atualmente, a legislação inibe a livre negociação entre empregadores e empregados, proíbe diversas modalidades de contratos que favorecem a competitividade das empresas e facilitam a contratação de trabalhadores que gostariam de ter horários e condições de trabalho mais flexíveis.

Além disso, o excesso de leis é fonte de interpretações dúbias,  que frequentemente geram conflitos trabalhistas e disputas judiciais. No Brasil, mais de 6% dos trabalhadores assalariados interpõem ações judiciais contra empregadores. Em 2011, a Justiça do Trabalho recebeu mais de 3 milhões de processos. 

​​Ampliação da infraestrutura exige investimentos de 5% do PIB
A redução dos custos das empresas e o aumento da competitividade dos produtos brasileiros também dependem da ampliação e da modernização da infraestrutura. Em média, o Brasil investe R$ 100 bilhões por ano em infraestrutura, equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Na China, os investimentos em infraestrutura alcançam 7,3%, no Chile, 6,2%, e na Índia, 5,6% do PIB. De acordo com o estudo Competitividade Brasil 2014, feito pela CNI em uma lista de 14 países que são nossos principais concorrentes no mercado internacional, o Brasil está em penúltimo lugar no quesito infraestrutura e logística, à frente apenas da Colômbia e atrás de nações como Chile, Argentina, China e México. Para a CNI, os investimentos em infraestrutura devem alcançar 5% do PIB em 2022. Isso só será possível se a iniciativa privada participar das obras.

Produtividade também depende da melhoria da gestão das empresas
A produtividade do Brasil, além de baixa, cresceu apenas 6,6% entre 2002 e 2012, contra índices superiores a 30% em economias desenvolvidas, como Japão e Estados Unidos. Para a CNI, neste momento de retração econômica, é primordial superar a desvantagem e colocar a melhora da produtividade no centro das metas do país e do setor produtivo.

Ação sindical é decisiva para transformar a indústria e o país
É missão dos sindicatos industriais acompanhar as transformações do setor produtivo e buscar novas maneiras de informar, apoiar e mobilizar para o desenvolvimento da indústria do Brasil. As instituições devem liderar o debate e a construção de propostas que ajudem cidades, estados e o país a superar os desafios da atualidade, acredita a CNI. Atualmente, a base de representação do Sistema Indústria é composta por 1,3 mil sindicatos e 700 mil empresas.


 

Assessoria de Imprensa da FIESC
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