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SC gera 62,7 mil novas vagas de trabalho em 2023

Serviços lideram criação de empregos, com 46,3 mil novos postos de trabalho. Na indústria, setor da construção puxa números para cima pelo segundo ano consecutivo.

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Confira aqui o áudio do Economista do Observatório FIESC João Pitta comentando os resultados

Florianópolis, 31.01.2024 - As atividades da economia mais ligadas ao consumo das famílias foram responsáveis pelo saldo positivo na geração de postos de trabalho em Santa Catarina em 2023. Foram 62,7 mil novas vagas criadas no ano passado no estado, das quais 46,3 mil foram no segmento de serviços. O comércio gerou 11,8 mil empregos e a indústria criou 3,8 mil vagas.

Análise do Observatório da FIESC mostra que o saldo positivo na indústria é reflexo dos 6 mil postos de trabalho criados pelo ramo da construção, já que a indústria de transformação encerrou o ano com saldo negativo de 1,2 mil vagas. É o segundo ano consecutivo que a construção contribui positivamente para os números da indústria, acompanhando a melhora nos gastos familiares.

“A indústria de transformação catarinense sofreu com o fechamento de vagas em setores que tradicionalmente empregam muito e são importantes para o estado, como o têxtil e o moveleiro. Esses segmentos têm enfrentado desafios setoriais que acabam impactando o estado todo”, destacou o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.

O ramo de confecção encerrou 2023 com o fechamento de 7,8 mil vagas, um reflexo do aumento da concorrência dos importados e dos preços ainda elevados do produto doméstico. O setor de madeira e móveis apresentou saldo negativo de 2,1 mil postos de trabalho, diante do recuo das exportações para os Estados Unidos, seu principal mercado externo.  

Consumo em alta

A estabilização dos preços dos alimentos e o aquecimento do consumo das famílias contribuíram para a geração de 3,5 mil vagas no setor alimentício, dos quais 2 mil novos empregos foram gerados no abate e processamento de carnes. Ainda refletindo o aumento dos gastos das famílias, o ramo das indústrias de produtos químicos e plásticos, que geraram 2,8 mil empregos.

Para a economista Mariana Guedes, do Observatório da FIESC, a redução nos custos de materiais de construção, especialmente instalações hidráulicas e elétricas, acabou refletindo em outras atividades, como a fabricação de condutores elétricos e tubos e acessórios de materiais plásticos. As vagas criadas pelos ramos de equipamentos elétricos, por exemplo, somaram 1,3 mil em 2023.
 

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