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Florianópolis, 21.03.2016 – A Revista Indústria & Competitividade, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), revela as causas e aponta as saídas para o problema da baixa produtividade da economia brasileira, além de trazer reportagens aprofundadas sobre energias alternativas, construção, cerveja e acordos internacionais. A edição de março foi lançada na sexta-feira (18), na reunião de diretoria da entidade.
A matéria de capa da edição de março mostra por que a produtividade brasileira é mais baixa e se distancia cada vez mais da média mundial, fato que está na raiz da falta de competitividade do País. O estudo + Produtividade, da FIESC, identificou que o Brasil é refém de num ciclo vicioso de baixa eficiência. Isso ocorre porque os fatores determinantes para a produtividade, como a qualificação do capital humano, inovação, instituições e infraestrutura, ocupam as últimas colocações e vêm perdendo posições nos rankings internacionais de países. Os fatores negativos se retroalimentam, tornando crescentemente ineficiente a produção nacional. As indústrias fazem o que está ao seu alcance para melhorar a eficiência, e a reportagem traz histórias de aprimoramento da gestão de empresas como Embraco, Zen e Plexa, dentre outras.
Para reverter o quadro descrito acima são necessárias reformas estruturais, que por sua vez estão ligadas a mudanças culturais. Valores como competição, eficiência e produtividade devem ser incorporados às leis e às instituições do País, assim como às ações de governo. A reportagem sobre política demonstra que isso só será possível com a participação mais ativa do empresário, seja por meio de mandatos eletivos, de funções executivas no serviço público ou do associativismo. A matéria revela aspectos da rotina e dos desafios do prefeito de Joinville Udo Döhler, e contém análises do cientista político Bolívar Lamounier.
O isolamento do Brasil diante dos novos acordos de comércio costurados entre os principais países do mundo é tema de um painel realizado com os economistas Jorge Arbache, consultor e professor da Universidade de Brasília, e Maria Teresa Bustamante, presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC. Para a dupla, ao se fechar para o mundo o País prejudica o desenvolvimento da sua indústria, que acaba tendo que se contentar com a parte menos valorizada das cadeias globais de geração de valor. Mas há exceções. A matéria sobre energias renováveis, como a eólica e a solar, mostra que as catarinenses Weg e Tractebel estão na ponta do desenvolvimento tecnológico para essas fontes, que estão entre as de maior potencial no Brasil e no mundo. A inovação na indústria também é o tema da reportagem sobre construção civil, que demonstra como a Irmãos Fischer, a Tuper e a Termotécnica perceberam oportunidades e lucram com o fornecimento de novas soluções para o setor.
A revista traça o perfil do industrial Carlos Vitor Ohf, de Rio do Sul, que comanda as empresas Cassava, de amido de mandioca, e a Bovenau, produtora de sistemas hidráulicos para veículos. Uma reportagem sobre o mercado das microcervejarias revela que o segmento cresce a dois dígitos ao ano e recebe investimentos em ampliações e novos negócios, atraindo empresários bem-sucedidos de outros setores industriais. A edição traz ainda detalhes sobre o novo projeto de voluntariado lançado pela FIESC, que integra o Movimento A Indústria pela Educação, e objetiva congregar 1.600 pessoas para a realização de 200 projetos junto à rede pública de ensino.
Dâmi Cristina Radin
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