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Primeiro nanossatélite da indústria brasileira é lançado em órbita nos EUA

Projeto foi desenvolvido pela empresa Visiona Tecnologia Espacial e rede parceiros, como o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, de Florianópolis (SC)

Florianópolis, 15.4.2023 - É do Brasil e com selo SENAI de Santa Catarina! O nanossatélite VCUB1 desenvolvido pela Visiona Tecnologia Espacial, jointventure entre a Embraer e a Telebras, foi lançado às 3h48 (horário de Brasília) deste sábado (15) da Base de Lançamento de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos. O VCUB1 é o primeiro satélite de observação da Terra e coleta de dados projetado pela indústria nacional, e deverá demonstrar a capacidade da indústria brasileira de realizar missões espaciais avançadas. O lançamento foi transmitido, em tempo real, pela SpaceX.

🔹 Assista o vídeo do lançamento:

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🔹 A Missão Transporter-7 da SpaceX foi responsável por levar o VCUB1 ao espaço. O lançamento foi realizado na base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, Estados Unidos.

O nanossatélite foi desenvolvido em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, de Florianópolis (SC). O principal objetivo da missão é validar a arquitetura do satélite e o seu software embarcado, de forma a poder usá-los em satélites de maior porte. A Visiona implementou, e irá testar no VCUB1, o software que integra o computador de bordo, o cérebro do satélite, incluindo o sistema de controle de órbita e atitude, inédito no país, bem como o sistema de gestão de dados de bordo, que permite o controle de todos os componentes do satélite.

“O lançamento do VCUB1 é histórico para a indústria aeroespacial brasileira porque coloca o país em um seleto grupo de nações que dominam todo o processo de desenvolvimento de satélites e nos capacita para voos ainda maiores”, afirma o presidente da Visiona Tecnologia Espacial, João Paulo Campos. “O VCUB1 materializa um esforço de anos para a criação de uma empresa integradora de sistemas espaciais brasileira iniciado com o programa SGDC”, enfatiza
 

A Terra vista de cima, em detalhes

Durante o período do nanossatélite em órbita, a Visiona validará ainda o software de comunicação do satélite, importante para implementação dos serviços finais e para garantir a segurança das comunicações e do controle do satélite, elemento importantíssimo para a nossa soberania no espaço. A missão também permitirá a qualificação no espaço da câmera OPTO 3UCAM, a primeira câmera reflexiva projetada e produzida no Brasil.

O projeto possui apoio financeiro da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). O VCUB1 conta ainda com uma rede de parceiros formada por instituições como o Governo de Santa Catarina, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), a Petrobras Transporte (Transpetro) e a Prefeitura de São José dos Campos, além de empresas da base industrial brasileira como a OPTO, a AMS Kepler, a Metalcard e a Orbital Engenharia, entre outras.

Um laboratório no espaço

As tecnologias de software de computador de bordo do satélite OBDH (On-Board Data Handling), o Sistema de Controle de Atitude e o de Rádio Definido por Software, criados, testados e validados no âmbito do projeto, são estratégicos. 

O OBDH, por exemplo, é considerado o cérebro de um satélite, responsável pelo controle dos subsistemas de bordo e a interface com o solo e as operações. Já o sistema responsável pelas funções de navegação, apontamento e controle permite que a câmera seja apontada com precisão para onde se deseja coletar imagens. Na prática, a partir deste projeto a Visiona terá capacidade para projetar e produzir satélites funcionais de vários portes.

“O satélite proporcionará importantes avanços para a indústria, agricultura e outros setores da economia e da sociedade brasileira. Os dados e imagens poderão ser utilizados na agricultura de precisão, com o monitoramento de lavouras; controle da base florestal, permitindo mapear e distinguir diferentes tipos de cobertura vegetal, por exemplo, áreas de pasto, canaviais ou florestas nativas”, ressalta o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.

Sobre a missão de lançamento

O lançamento do VCUB1 foi contratado junto a empresa de logística e transporte espacial D-Orbit e foi lançado pelo foguete Falcon 9, dentro da missão Transporter 7, que colocará em órbita diversos pequenos microssatélites e nanossatélites para clientes comerciais e governamentais. Após o lançamento, o VCUB1 deverá ser levado à sua órbita final de forma precisa pelo veículo de transferência orbital ION da D-Orbit e passará por um período de estabilização e testes preliminares. Em seguida, serão realizados os testes de validação das tecnologias embarcadas no satélite, sua missão principal, para que entre em operação definitiva na prestação de serviços de sensoriamento remoto e coleta de dados pela Visiona.

Sobre a Visiona

A Visiona tem sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos e é uma joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, voltada para a integração de sistemas espaciais. Foi criada em 2012 para atender os objetivos do Programa Espacial Brasileiro. A empresa foi a responsável pelo Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, o SGDC, lançado em 2017. Em 2018, a Visiona anunciou o programa do primeiro satélite projetado integralmente pela indústria nacional, o VCUB1, e concluiu com êxito o primeiro Sistema de Controle de Órbita e Atitude de satélites desenvolvido no Brasil. A Visiona também fornece produtos e serviços de Sensoriamento Remoto e Telecomunicações por satélite, bem como Aerolevantamento SAR nas Bandas X e P, sendo uma das referências desse mercado no Brasil, com um histórico de mais de 100 projetos executados.

Rede de Institutos SENAI de Inovação

A inovação é parte estratégica para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos instrumentos para fomentar Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em direção a soluções mais sustentáveis é a rede de Institutos SENAI de Inovação, presente em 12 estados. Na última década, os 28 Institutos formaram uma equipe de 1.027 colaboradores (sendo 47% com mestrado ou doutorado) responsáveis pela execução de mais de R$ 1,9 bilhão, destinados a mais de 1.930 projetos. Todos desenvolvidos em parceria com cerca de 860 empresas industriais.

A rede foi criada para atender as demandas da indústria nacional. Ela tem como foco de atuação a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Os institutos trabalham em conjunto, formando uma rede multidisciplinar e complementar, entre si e em parceria com a academia, com atendimento em todo o território nacional.

 

Com informações da Agência de Notícias da CNI, Visiona e Embrapii 

Assessoria de Imprensa FIESC

Ivonei Fazzioni

ivonei@fiesc.com.br

 

 

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