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Pais precisam estimular a autonomia dos filhos, afirma especialista

Eloiza Shumacher alertou para o risco dos pais se tornarem “assistentes pessoais” ao assumirem responsabilidades pelos filhos


Florianópolis, 4.9.2015 – A educação de crianças e adolescentes é dúvida constante entre as famílias. O excesso de gerenciamento da vida dessas crianças pode atrapalhar o processo de construção da autonomia. É o que afirma a consultora em educação Eloiza Corrêa, ao defender que “almofadar a vida dos filhos retira deles habilidades sociais”. O tema foi abordado em palestra realizada nesta sexta-feira (4) na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). O encontro é o segundo do projeto Escola de Pais, que integra o Movimento A Indústria pela Educação, e tem por objetivo orientar os colaboradores da entidade em relação à educação dos seus filhos. 

Na conversa com os participantes, Eloiza chamou a atenção para situações que chamou de armadilhas, com as quais se deve ter cuidado. “Temos uma geração de “pais concierges”, que estão presentes em tudo e cuidam de tudo para que o filho cumpra horários, seja responsável e inteligente. Exageram ao se tornarem assistentes pessoais do filho, um comportamento imposto pela sociedade. O gerenciamento é tanto que a gente não ensina a tomar suas próprias decisões, pois coordenamos tudo”, afirmou. De acordo com Eloiza, o resultado disso são filhos que perdem a capacidade de esperar, negociar perdas, ter autoconfiança, ter responsabilidade e de pedir, porque ganham tudo. 

“Cada vez mais as famílias acham que qualquer coisa pode machucar seus filhos. Mantém sempre dentro da sua visão, inserem medos e não permitem o confronto”, citou Eloiza. “Dessa forma, impedimos que eles experimentem os riscos e não ensinamos a lidar com o perigo. Assim, os filhos perdem experiência, a capacidade de se defender e reduzem a alfabetização motora e social”, acrescentou.   

Eloiza finalizou afirmando que a conquista da autonomia é um processo gradativo. “É preciso envolver a criança no processo de tomada de decisão e valorizar as conquistas. A cidadania familiar começa em casa, com as pequenas tarefas domésticas”, concluiu. 


Elida Hack Ruivo
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4244 | 48 9176-2505
elida.ruivo@fiesc.com.br

 

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