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Opinião: Logística emperrada

Confira artigo do presidente da FIESC, Glauco José Côrte, publicado nos jornais Diário Catarinense e A Notícia nesta quarta-feira, dia 8 de julho

A FIESC acaba de lançar a agenda da indústria para a infraestrutura, com propostas, posicionamentos e estudos. Um dos trabalhos, realizado com a UFSC, mostra que para cada R$ 1 faturado, o setor gasta R$ 0,14 com logística. É mais do que a média brasileira, de R$ 0,11 (Fundação Dom Cabral), e mais, ainda, do que os R$ 0,09 internacionais. Não é pouca diferença: cada centavo de redução representaria economia de R$ 1,8 bilhão para a indústria do Estado.

Os diagnósticos realizados pela FIESC mostram porque nossa logística é mais cara, nos diferenciando negativamente, inclusive em relação aos nossos vizinhos. Grande parte das rodovias está em estado deplorável. No ano passado, por exemplo, Santa Catarina recebeu apenas 37% do previsto para infraestrutura no PAC e no Orçamento da União. Até junho deste ano o valor é praticamente nulo: 0,09%, para ser exato.

Quando o assunto são os trilhos, preocupam as discussões – muitas vezes sem critérios técnicos – sobre o traçado da Leste – Oeste e propostas como realizada pela Funai para a Litorânea, modificando o projeto a ponto de inviabilizá-lo.  E mesmo nossos portos, que possuem eficiência acima da média, precisam de investimentos relevantes para não ficarem defasados,  já que o tamanho dos navios cresce rapidamente, gerando demanda por portos mais profundos e com  áreas de manobras maiores.

Até 2019, a infraestrutura catarinense precisaria investimentos da ordem de R$ 15 bilhões. Ao propor a participação privada, o governo federal reconheceu, finalmente, que não dá conta dos investimentos sozinho. Passada a parte mais fácil, que é fazer o anúncio, agora entramos numa fase crítica: para que os editais tenham sucesso, precisarão conciliar rentabilidade ao investidor com tarifas que não retirem competitividade do usuário. E nas obras que seguem sob a administração federal é urgente melhorar a gestão dos projetos. Os catarinenses precisam se manter vigilantes e unidos para evitar que a falta de infraestrutura retire ainda mais a competitividade do Estado.

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