Como consequência da profunda crise política, econômica e ética que paralisou o País nos últimos meses de 2014 e durante todo o ano de 2015, estima-se que perto de 1,5 milhão de trabalhadores perderam seus empregos no Brasil.
Trata-se do efeito mais grave e perverso desse triste período de nossa história, marcado, sobretudo, por demissões não desejadas, impostas por uma realidade recessiva extremamente dura (a mais intensa dos últimos 25 anos), causada por políticas econômicas desastradas do governo. Seus impactos sacrificam a toda a sociedade, mas, sobretudo, os que perdem o emprego.
A taxa de desemprego, apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), tinha previsão de fechar 2015 em 10%, e vai piorar, podendo superar os 12% ainda no primeiro semestre de 2016. O contingente de desempregados já se aproxima de 9 milhões de pessoas.
Acontece que o trabalho, que é um bem de todos, “condiciona o desenvolvimento não só econômico, mas também cultural e moral, das pessoas, da família, da sociedade e de todo o gênero humano” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 269). Assim, o nosso desenvolvimento pleno está condicionado às condições de recuperação do emprego, dever que se constitui na principal prioridade, nos próximos anos, dos brasileiros que servem ao País tanto no setor público quanto no setor privado.
Enquanto não se restabelecem essas condições, temos a responsabilidade de enfrentar o problema da qualificação técnica e profissional dos desempregados, capacitando-os para as oportunidades que surgirão com a retomada do crescimento. Como sempre acontece, os menos qualificados são os primeiros a perder o emprego e os últimos a reconquistar um novo posto de trabalho.
Na FIESC, em parceria com a FECOMÉRCIO, estamos preparados para esse imenso desafio. Aos industriais e aos comerciantes lançamos um vigoroso apelo para que, como nós, assumam a causa da Educação. Com o empenho de todos, faremos 2016 melhor!