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Nova taxa de juros é aceno para estimular consumo e investimento, avalia indústria

Redução em 0,75 ponto percentual na Selic é importante, mas avanço do ajuste fiscal é fundamental para retomada da produção, que segue em queda

Florianópolis, 12.1.2017 – A redução de 0,75 ponto percentual nos juros básicos da economia, a taxa Selic, anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, é correta e reflete a desaceleração da inflação e a frustração das expectativas de recuperação da atividade econômica, avalia a indústria. Para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a redução significativa dos juros, agora em 13% ao ano, é importante para dar início à recuperação das condições financeiras das empresas e das famílias e abrir caminho à reativação dos investimentos, do consumo, da produção e do emprego.

“Depois do excesso de conservadorismo na reunião anterior do Copom, é importante reconhecer que há um esforço para criar condições para a retomada da economia. O custo do capital, tanto para o giro, quanto para os investimentos, é um grande entrave hoje. Um ambiente com menos inflação, juros menores e com sinalização de que haverá efetivo avanço nas reformas estruturais, como a trabalhista e da previdência, é decisivo para a volta da confiança”, avalia o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.

Apesar da sinalização positiva com a queda da Selic, para a indústria, uma trajetória sólida de redução dos juros e a manutenção das taxas em patamares baixos no longo prazo dependem do avanço das medidas de ajuste fiscal. A emenda constitucional que estabelece limites para o crescimento dos gastos do governo deve ser complementada com outras ações, como a reforma da Previdência Social, que busquem o controle da dívida pública e a estabilização da economia.

Dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11) mostram que em Santa Catarina a produção industrial acumula até novembro queda de 4% em relação a igual período de 2015. “O resultado estadual é melhor que a média nacional, que registrou queda de 7,1%, e melhor que a dos dois outros Estados do Sul, mas não é motivo para comemoração, pois estamos com desempenho negativo em relação a uma base que já é deprimida pela queda observada em 2015”, diz Côrte.





 

 

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