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Na abertura da Jornada, FIESC lança aliança pela saúde do trabalhador

Lideranças da indústria, instituições públicas e federações de trabalhadores assinaram termo de cooperação para apoiar ações a favor da saúde e segurança

Acompanhe a cobertura fotográfica completa no Flickr da FIESC e assista às palestras aqui.

Florianópolis, 18.05.2016 – “Pretendemos fazer pela saúde dos trabalhadores da indústria catarinense o mesmo que estamos fazendo pela melhoria do nível de escolaridade em SC, contribuindo para o desenvolvimento dos trabalhadores em ambientes de trabalho favoráveis, com extensão para seus ambientes sociais”, enfatizou o presidente da FIESC e Embaixador Global de Promoção da Saúde e Bem-Estar nos Ambientes de Trabalho, Glauco José Côrte, no lançamento da Aliança Saúde e Competitividade. Realizada nesta quarta-feira (18), durante a abertura da 5ª edição da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense, a iniciativa visa ao engajamento e a participação de lideranças empresariais, acadêmicas, políticas e da sociedade na promoção da saúde e ambientes seguros para o trabalho, além de reposicionar o tema como um dos fatores estratégicos para a competitividade da indústria.

“Auxiliar a indústria na adoção de boas práticas, promoverá ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis. Investir nas pessoas e em um bom ambiente de trabalho promove um valor diferencial para a competitividade da indústria catarinense”, defendeu Côrte, acrescentando que saúde e segurança são ativos estratégicos. No evento, que teve a presença de lideranças da indústria catarinense, foi assinado o termo de cooperação entre a FIESC, instituições públicas, como Ministério Público do Trabalho em SC, Superintendência do Trabalho e Emprego em SC e Tribunal Regional do Trabalho, e federações de trabalhadores (FETIAESC, FETICOM, FETIMMMESC, FITIEC e FETIGESC) para o apoio na realização de ações a serem promovidas pela Aliança. 

“Enquanto os países desenvolvidos já eliminaram as doenças infecciosas, no Brasil temos um número crescente de pessoas perdendo suas vidas ou sofrendo com moléstias infecciosas. Ao mesmo tempo, as doenças crônicas como o câncer, diabetes, pressão alta e problemas do coração, aumentam sua frequência a cada ano, sendo responsáveis hoje por mais de 70% das mortes em nosso Estado”, disse Côrte, salientando que, mesmo assim, Santa Catarina possui a maior expectativa de vida do Brasil. “No ano de 2022, estima-se que quase metade da população de nosso Estado terá mais de 40 anos de idade. Queremos preparar as pessoas para uma longevidade saudável e produtiva”, concluiu.

A Aliança também fará a divulgação de pesquisas, ações de sensibilização e mobilização em rede alinhadas às necessidades e interesses da indústria, além de compartilhar mundialmente as melhores práticas de saúde e produtividade no local de trabalho. Por meio do Observatório da Indústria, a FIESC passa a disponibilizar conhecimento sobre cenários e tendências, além de seus impactos para a competitividade catarinense, indicadores estratégicos, boas práticas, legislação, produtos e serviços.

“Esta é uma ação que traz resposta a uma necessidade das indústrias. A questão da saúde tem provocado impactos financeiros, sociais e econômicos de toda a ordem. É necessário tomarmos medidas para podermos auxiliar as empresas na redução dos custos, principalmente com saúde, nas questões assistenciais e previdenciárias que, de alguma forma, afetam a sociedade como um todo”, frisou o superintendente do SESI/SC, Fabrizio Machado Pereira. 

Referência internacional

“É essencial priorizarmos a saúde. Isso gera benefícios tanto para os trabalhadores, que passam a ser estimulados a terem bons hábitos de vida, quanto para as empresas, que têm seus custos com saúde reduzidos. Colaboradores saudáveis pedem menos licenças e, portanto, são mais produtivos”, defendeu o americano Michael O’Donnell, diretor do Centro de Pesquisa em Gestão de Saúde na Universidade de Michigan e editor chefe da revista American Journal of Health Promotion na primeira manhã de debates da Jornada.

De acordo com O’Donnell, a promoção da saúde no ambiente de trabalho é uma importante referência para quem projeta, desenvolve, avalia ou estuda os programas relacionados ao tema. “Questões ligadas ao estilo de vida representam 40% das mortes precoces no mundo”, disse, frisando que no Brasil este cenário se repete. Michael O’Donnell também apresentou o modelo Awareness, Motivation, Skills and Opportunity - conscientização, motivação, desenvolvimento de competências e criação de oportunidades – que auxilia no desenvolvimento de programas efetivos para mudanças de comportamento.

Na sequência, o médico Luiz Augusto Riani Costa falou sobre saúde e bem-estar. “A atividade física é a base da estrutura de uma vida de qualidade. A vida é muito melhor quando está envolvida com a atividade física e hábitos saudáveis”, pontuou Costa, lembrando que as pessoas precisam apenas de um gatilho para que isso seja, realmente, colocado em prática. “A maior justificativa para não fazer atividade física é a falta de tempo. As pessoas passam a maior parte do tempo no trabalho. Por isso, nada melhor do que o trabalho ser o grande fator estimulador, oferecendo espaços de atividades físicas e criando horários disponíveis para fazer isso durante a jornada e premiar ou favorecer as pessoas que fazem essa mudança”, finalizou Costa. 

Para concluir os debates da manhã, os empresários Sergio Luiz Pires, da Tecnoblu, e Eliane Molina, da Unilever, debateram a realidade nacional e catarinense dos programas de saúde, em painel mediado pelo médico Fernando Cembranelli. “As pessoas precisam trabalhar motivadas e o grau de motivação está ligado diretamente ao grau de atenção que você dá a elas. A Tecnoblu, desde o começo, entendeu que se investisse em saúde e qualidade de vida, teria colaboradores mais motivados. Nossos indicadores demonstram que esse investimento tem retorno, vale a pena, e, assim, conseguimos reter mais os talentos”, disse Pires.

Para a diretora corporativa de saúde da Unilever, Elaine Molina, o trabalhador é a maior riqueza das companhias. “As organizações precisam ter pessoas que se sintam bem no ambiente de trabalho e que trabalhem com saúde em ambientes seguros. Para a Unilever, um grande resultado é o reconhecimento do funcionário. As pesquisas de clima mostram que o trabalhador Unilever tem orgulho de pertencer à empresa, e esse é um dos maiores e melhores retornos da companhia. Em contrapartida, temos baixos índices de absenteísmo, de rotatividade e de turnover”, afirmou Elaine. “Nossos planos de saúde têm um custo bastante controlado, o que também é um fator extremamente favorável à organização”, completou. De 2013 para 2014 a Unilever teve retorno de 4,42 euros para cada euro investido em programas de saúde. De 2014 para 2015 esse indicador se elevou, apresentando um retorno de 6,48 euros para cada 1 euro investido.

No período da tarde, a Jornada contempla, ainda, programação paralela com a realização de workshops sobre gestão em saúde e ferramentas de Segurança e Saúde no Trabalho e NR12, além de palestra sobre mudanças no fator acidentário de prevenção (FAP).

A Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense, que debaterá ainda educação, inovação e tecnologia e ambiente institucional, segue até sexta-feira (20) e as palestras são gratuitas. A programação pode ser conferida aqui (http://fiesc.com.br/jornada-da-inovacao-2016-1/programacao), ou acessando o aplicativo da Jornada que é atualizado diariamente e antecipa informações sobre o evento. Ao fazer o seu cadastro é possível acompanhar e participar da timeline.

Assessoria de Imprensa – FIESC
48 3231-4671 / 8421-4224
mirianemc@fiesc.com.br

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