Confira a cobertura fotográfica completa do encontro no Flickr da FIESC.
Florianópolis, 19.7.2016 – O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, recebeu nesta terça-feira (19), em Florianópolis, o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, e apresentou detalhes do Movimento SC pela Educação. “É uma honra conhecer o que de bom acontece na área de educação no Brasil, são exemplos e referências positivas que a gente pode propagar e adaptar a cada realidade desse País vasto, plural e heterogêneo”, analisou o ministro.
“Queremos enfatizar as iniciativas locais e a partir desse estímulo fomentar iniciativas positivas na área da educação. Se eu pudesse escolher uma referência positiva e extrair algo para ser reproduzido no Brasil, seria o exemplo Santa Catarina, pois é um Estado bem distribuído, sem concentração populacional, forjado por uma base industrial muito sólida e com uma das distribuições de renda mais equilibradas”, afirmou Mendonça Filho. “É o começo daquilo que pode ser o desejo de consumo para um país equilibrado e produtivo. Não houve nenhuma nação no mundo que possa ter alcançado patamares satisfatórios de desenvolvimento não fosse pela educação e pelo trabalho”, acrescentou.
O ministro afirmou que o Movimento tem caráter inédito no País e deve ser replicado pelos demais Estados. Rondônia, por exemplo, implantou Movimento semelhante inspirado na ação catarinense. “A mobilização da sociedade e do setor industrial de SC em defesa de uma educação de boa qualidade é o caminho para a transformação verdadeira do Brasil. O País só pode avançar, inclusive no setor produtivo, se nós garantirmos isso”, declarou.
O presidente da FIESC explicou ao ministro que o Movimento Santa Catarina pela Educação foi motivado pelo desejo de elevar a qualidade da educação no Estado. “Em 2010, apenas 48% dos trabalhadores tinham o ensino básico completo. Santa Catarina sempre se destaca pela qualidade pela sua posição em termos de educação, mas nos surpreendemos com a baixa escolaridade do trabalhador catarinense. Hoje, nós temos 55% dos trabalhadores com educação básica completa. Parte se deve ao esforço do setor público, mas também a esse grande Movimento que se fez junto à indústria catarinense”, destacou Côrte.
A iniciativa, liderada pela FIESC, mobiliza, além da indústria e das federações de trabalhadores, a agricultura, o comércio e o transporte para uma atuação mais efetiva em prol da melhoria dos indicadores educacionais. Entre as ações destacadas pelo presidente da FIESC estão a aprovação da lei que estabelece o dia estadual da família na escola (16 de abril), os projetos Conexão Jovem e Eu Voluntário: deixando o meu legado, a abordagem do tema gestão escolar por meio de seminários que já reuniram mais de 3 mil participantes, além da parceria firmada com o Google para criar escolas-referência no uso de tecnologias educacionais.
O governador do Estado, Raimundo Colombo, também reuniu-se com o ministro da educação na FIESC. “Nós temos um bom trabalho nesta área aqui em Santa Catarina e também uma integração com o Ministério da Educação que contribui para uma nova política de educação no País. Vamos trocar informações, somar conhecimento e buscar trabalhar em conjunto. Isso vai fortalecer as ações que estão se desenvolvendo aqui de forma bastante exitosa”, disse.
O secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, reafirmou a importância do Movimento para o crescimento e o aprimoramento da educação catarinense. “Nossa intenção foi apresentar ao ministro experiências dessa natureza, que são bem-sucedidas e que têm ajudado a melhorar os indicadores de qualidade da educação e auxiliado o setor produtivo a se qualificar na competição internacional, para que ele possa, à luz disso, orientar políticas educacionais e para que essa integração entre poder público e iniciativa privada aconteça em benefício do cidadão”, salientou Deschamps.
Base nacional comum curricular – Ainda pela manhã, Mendonça Filho participou na FIESC da abertura de seminário promovido pela Secretaria de Estado da Educação, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime/SC), para análise da base nacional comum curricular. O objetivo é estabelecer um documento que padronize o currículo escolar para todas as etapas da educação básica e integra as ações previstas no Plano Nacional de Educação. Os seminários ocorrem em todos os Estados e em Santa Catarina segue até esta quarta-feira (20) com encontros no Instituto Estadual de Educação e na Assembleia Legislativa, em Florianópolis.
O ministro da educação avaliou de forma positiva a participação do setor industrial nas discussões sobre o tema. “A base curricular é a espinha dorsal da educação para formar um currículo adaptado às peculiaridades locais com parâmetros semelhantes aos que ocorrem nos principais países do mundo. A indústria precisa estar próxima e ativa na definição desta base curricular”, comentou. O documento é construído de forma colaborativa e já recebeu mais de 12 milhões de sugestões em todo o País. O trabalho está sendo consolidado pela Universidade de Brasília.
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