Florianópolis, 05.01.2015 – Os brasileiros terminaram 2015 mais preocupados com o emprego. O Índice do Medo do Desemprego aumentou 36,8% em dezembro do ano passado na comparação com o mesmo mês de 2014, informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (05).
Conforme o levantamento feito com 2.002 pessoas em 143 municípios, o Índice do Medo do Desemprego alcançou 102,3 pontos em dezembro, acima da média histórica que é de 88,4 pontos. No último trimestre do ano passado, o medo do desemprego cresceu mais entre os moradores de municípios com menos de 20 mil habitantes, onde o índice subiu de 98,1 pontos em setembro para 106,8 em dezembro. Nas cidades com mais de cem mil habitantes, o índice caiu de 105,5 pontos em setembro para 101,3 pontos em dezembro.
"Como o desemprego atingiu inicialmente as áreas metropolitanas, só mais recentemente a população do interior passou a perceber de perto o impacto da crise no emprego. Isso explica o crescimento do Índice de Medo do Desemprego no último trimestre entre a população do interior", diz o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. O Índice de Medo do Desemprego é maior entre as pessoas com ensino superior e as que têm renda familiar maior que 10 salários mínimos.
Satisfação com a vida - A crise econômica também afetou a forma como os brasileiros percebem a vida. Embora tenha aumentado 1,3% entre setembro e dezembro, o Índice de Satisfação com a Vida encerrou 2015 em 95,1 pontos. O valor é 8,1% menor que o registrado em dezembro de 2014.
"Há uma tendência natural de a população se mostrar mais satisfeita próximo às passagens do ano, o que explica o crescimento no trimestre, mas o efeito da crise está muito claro quando se compara o indicador com o mesmo período do ano passado. O Índice de dezembro é um dos menores já apurados desde o início da série em 1999", afirma Fonseca. A pesquisa foi feita entre 4 e 7 de dezembro de 2015.
Faça o download do relatório de divulgação e dos dados da pesquisa.
No último trimestre, o medo do desemprego cresceu mais nos municípios pequenos. A satisfação com a vida diminuiu e ficou 8,5% inferior à registrada em dezembro de 2014