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Instituto SENAI de Joinville ‘imprime’ bailarina de aço em tamanho real

Monumento que utiliza técnicas de manufatura aditiva vai compor projeto da prefeitura do município que homenageia a cidade da dança; ordem de serviço que autoriza a instalação da “Praça da Bailarina” foi assinada nesta segunda-feira (29)


Florianópolis, 29.04.2024 - A perfeição das mãos, dos pés e dos movimentos de uma bailarina será eternizada em um projeto que a prefeitura de Joinville, em parceria com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e a Escola do Teatro Bolshoi do Brasil, conduz na capital nacional da dança. A cidade vai ganhar uma praça na qual será instalada uma bailarina em tamanho real, que está sendo produzida pelos Institutos SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura e Processamento a Laser, em Joinville. 

Por meio da manufatura aditiva a laser, que é uma impressão 3D feita em aço, o Instituto SENAI está ‘imprimindo’ a estátua da bailarina. Ela tem 1,85 metro de altura e é uma reprodução em escala real, a partir de escaneamento feito no Instituto da joinvilense Thais Diógenes, que em 2011 se formou na Escola do Teatro Bolshoi do Brasil e hoje é a solista principal da Ópera de Kazan, na Rússia.

A matéria-prima é um pó metálico de origem sueca, fornecida pela Höganäs, e a peça será instalada na praça que a prefeitura vai implantar no cruzamento da Av. Juscelino Kubitschek com a Rua 9 de Março. A ordem de serviço que autoriza a instalação da “Praça da Bailarina” foi assinada nesta segunda-feira (29). 

“A mesma técnica que estamos usando para criar a bailarina de aço é empregada em inúmeros processos industriais que facilitam o nosso dia a dia, porque a indústria está presente em tudo. Nada mais original do que perpetuar nossa homenagem à capital nacional da dança, que também possui o maior PIB industrial do estado, valendo-se de recursos utilizados no setor”, frisa o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.

Manufatura aditiva na indústria

Por meio da manufatura aditiva, é possível customizar e construir objetos com diferentes materiais, o que oferece versatilidade. Além disso, oferece ganhos na produção, com economia de tempo e aumento da produtividade; na agilidade na fabricação e maior precisão dos objetos; e na  sustentabilidade, já que esse processo utiliza menos materiais. 

“Muitos setores já usam tecnologias da manufatura aditiva, entre eles, o automobilístico, plástico, aeroespacial, fundição, calçados, eletrodomésticos e eletroeletrônicos”, elenca Fabrizio Machado Pereira, diretor regional do SENAI. “Se pensarmos na utilização da manufatura aditiva somada a outras tecnologias da indústria 4.0, as possibilidades são ainda maiores”, acrescenta.

No caso da bailarina, duas técnicas de manufatura aditiva estão sendo empregadas na produção da estátua: fusão a laser em leito de pó e deposição por energia direcionada a laser, explica João Dreveck, pesquisador que integra a equipe responsável pelo projeto no Instituto SENAI. “A primeira técnica permite trazer mais detalhes para as peças e está sendo usada na impressão da cabeça, das mãos e dos pés. Já a técnica de deposição é empregada na impressão de peças maiores, pois proporciona maior velocidade de impressão”, detalha o pesquisador. “Uma vez impressas, as peças serão unidas por meio da soldagem”, complementa. Outra empresa parceira do projeto é a Netzsch, que está desenvolvendo uma bomba hidráulica inédita para a saia de água da bailarina.

Estátua reproduz bailarina de SC que é solista do Bolshoi na Rússia

Bailarina
Thais Diógenes é 'escaneada' para a produção da estátua. Foto: Divulgação

“É uma honra e responsabilidade muito grande representar essa arte e todos os bailarinos, principalmente, ficar eternizada na minha cidade natal. Sempre tive muito orgulho da nossa cidade e da minha profissão. Será um grande presente para mim”, diz Thais.

Até o momento, foram impressos os pés, mãos, cabeça e a cintura. Para se ter uma ideia, a impressão da cintura que tem cerca de 13 centímetros de altura levou sete dias. A montagem da estrutura ficará a cargo do SENAI e a finalização da peça será realizada com apoio da Docol.  

projeto praca da bailarina
Praça da Bailarina será um novo espaço de lazer construído para a comunidade. Foto: Divulgação/Prefeitura Joinville

De acordo com a prefeitura, além de homenagear o título conquistado por Joinville de “Capital Nacional da Dança”, a Praça da Bailarina será um novo espaço de lazer construído para a comunidade. Com área de 481m2, o espaço será revitalizado e vai receber instalação de novo piso, mobiliário urbano com bancos, floreiras e defensas metálicas.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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