Florianópolis, 27.6.2022 - Com um território reduzido, extremamente árido e localizado próximo a países com quem tem relações pouco amistosas, Israel apostou todas as suas fichas em meios para garantir sua sobrevivência como nação, que se constitui há 74 anos. Investiu fortemente em defesa e pesquisas tecnológicas que o levaram a despontar em soluções para segurança, saúde e mobilidade. Essa realidade resolveu os problemas internos e fez do país um exportador de inovações e produtos tecnológicos.
Apesar de sua constituição recente, Israel está à frente de muitos outros países quando o assunto é ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Por este motivo, o país foi selecionado para a 25ª edição do Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação da CNI. A atividade, realizada de 12 a 16 de junho, envolveu mais de 40 empresários, gestores de empresas e pesquisadores, que visitaram o que há de mais moderno em termos de inovação em centros de pesquisa, universidades e indústrias israelenses. Esta foi a terceira imersão que a CNI promoveu para o país do Oriente Médio, permitindo que mais de 100 empresários, executivos e autoridades já tenham conhecido e interagido com o ecossistema de inovação israelense. Entre os participantes estiveram representantes dos Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia localizados em Santa Catarina e das empresas Nugali (Pomerode), Nanovetores (Florianópolis) e Weg (Jaraguá do Sul). Estas indústrias foram convidadas por terem vendido o Prêmio Nacional de Inovação, realizado pela CNI e o Sebrae.
::: Saiba mais sobre a imersão ao ecossistema israelense de inovação
Veja a opinião dos participantes da imersão
Leia abaixo a opinião dos quatro representantes de organizações catarinenses que participaram da atividade em Israel.
Nanovetores
Cristyano Luis von Dentz, líder de desenvolvimento de pessoas na Nanovetores Tecnologia, de Florianópolis, considera que a imersão permitiu reconhecer como um ecossistema bem conectado, convergente, o que é importante para transformar uma nação. “Visitamos startups, universidades, centros de pesquisa, autoridades governamentais e de indústrias e, todos, absolutamente todos, apontam suas ações para a mesma direção, demonstrando um mindset de transformação de pessoas e do país”, diz.
“Aqui em Santa Catarina, a FIESC e os demais órgãos são grandes incentivadores desta convergência e se ampliarmos ainda mais este espírito conjunto, buscando discussões que levem para um objetivo comum, trabalhando em diferentes frentes, mas para um único sentido, podemos crescer ainda mais. A participação da CNI, de representantes da FIESC, SESI, SENAI e Sebrae foi muito importante para consolidar esta visão”, declara o gestor da empresa reconhecida pelo desenvolvimento de ingredientes ativos nano e micro encapsulados.
Nugali
“Conhecer de perto o ecossistema de inovação de Israel foi uma experiência que reforçou os ganhos do pensamento inovador para a empresa”, afirma a CEO da Nugali, Maitê Lang, que participou da imersão. “Há uma infinidade de soluções inovadoras no Brasil e no mundo que podem ser aplicadas para solucionar os diferentes problemas das indústrias e que também estão ao alcance das pequenas e médias empresas. Instituições como a CNI e as Federações das Indústrias, Sebrae e SENAI são agentes que podem apoiar e ajudar as empresas na busca por aplicação das melhores soluções de inovação conforme as necessidades de cada indústria”, salienta a empresária.
Sediada em Pomerode, no Vale do Itajaí, em 2005, a Nugali se tornou pioneira no Brasil na produção de chocolates "Bean-to-Bar" – nome dado ao fabricante que realiza todas as etapas de processamento, no caso, iniciando na aquisição das amêndoas de cacau, torrefação, até o preparo da massa de cacau, fabricação do chocolate e sua cristalização, moldagem e embalagem.
Weg
Para Matheus André Campregher, pesquisador no Departamento de Gestão da Inovação Tecnológica da Weg, “a imersão no Ecossistema de Inovação de Israel foi uma experiência inspiradora. A constante busca pela solução de um problema global que tenha um resultado de alto impacto para a humanidade é fascinante para qualquer profissional que atue na área de inovação”. O profissional destaca que a visita pode abrir novas oportunidades. “Após conhecer a nação das startups, referência mundial em empreendedorismo e inovação, trago ao Brasil motivação extra para consolidar e expandir as conexões da Weg, buscando soluções inovadoras para os nossos desafios, dos nossos clientes e da sociedade sempre em linha com o propósito da Weg de construir um mundo mais eficiente e sustentável”, destaca. A Weg é líder mundial em equipamentos eletroeletrônicos, com fábricas em 12 países e filiais em 38
Institutos SENAI de Inovação
“É impressionante ver que um país tão jovem como nação, pequeno em território e população conseguiu em tão pouco tempo ser reconhecido mundialmente como o país da inovação e da capacidade de criar novos negócios com tecnologia e ganhar o título de ‘Startup Nation”’, afirma o gerente executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI, Maurício Cappra Pauletti. “Nada é por acaso, a escassez e aridez da terra, os conflitos regionais, fizeram com que seu povo se reinventasse, protegendo e gerando um dos maiores sistemas militares de defesa, assim como um dos mais revolucionários sistemas de irrigação. E tudo isso transbordou para tecnologias atuais, como cyber segurança, inteligência artificial, vacinas, entre outros. A união da iniciativa privada empreendedora, do conhecimento da universidade e de centros de pesquisas conectatos com os desafios da humanidade e o governo direcionando esforços na mesma direção, é que fazem de Israel essa potência de geração de empresas de tecnologia e inovação exportando soluções para o mundo.
A convergência dos esforços na mesma direção, atrai cérebros, capital e grandes empresas em um território tão diferente e peculiar” constata. Para Pauletti, esse conjunto de fatores inspira ainda mais a grande oportunidade que os Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia tem para atuar colaborativamente com a pesquisa básica das universidades, com a visão empreendedora das startups e com parceiros públicos e privados de Ciência e Tecnologia, a fim de prover soluções para os desafios da indústria e da sociedade. “É possível fazer uma transformação pela inovação, basta alinhar os vetores e ter foco e perseverança”, acrescenta.
Com informações de Diego Abreu, da Agecom/CNI
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