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FIESC prepara agenda de melhoria da produtividade da indústria de SC

Ações prioritárias serão definidas pelo Conselho Estratégico da entidade, que também conheceu estudo sobre o tema, durante reunião, nesta segunda-feira (28)

Florianópolis, 28.3.2016 – Os integrantes do Conselho Estratégico da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) definirão cerca de 30 ações prioritárias que integrarão a Agenda para a Melhoria da Produtividade em Santa Catarina, que a entidade lançará nos próximos meses. Durante reunião nesta segunda-feira (28), em Florianópolis, o Conselho definiu que as prioridades estejam associadas a quatro diretrizes: educação, inovação, infraestrutura e meio ambiente. A identificação das ações prioritárias será feita entre 200 propostas, elencadas a partir de eventos da FIESC, como as rotas estratégicas do Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC 2022), Carta da Indústria e as reuniões das câmaras setoriais e temáticas da Federação.

O presidente da entidade, Glauco José Côrte, ressaltou a importância dos investimentos em educação para a melhoria da produtividade da economia brasileira. “A primeira medida a adotar é melhorar o nível de escolaridade do nosso trabalhador. Quando comparamos o nível de escolaridade do brasileiro, sobretudo do setor industrial, verificamos que está abaixo da média dos demais países”, afirmou. Ele observa que a adoção de novas tecnologias e o fim do bônus demográfico, que reduzirá o número de jovens entrando no mercado de trabalho, vão exigir maior e permanente qualificação do trabalhador.

O 1º vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou a importância de um planejamento que determine as prioridades de investimento. “É preciso ter um planejamento macro, que olhe sistemicamente todo o Estado”, disse. Para ele, se o investimento for pulverizado, nenhuma situação será resolvida. “Os recursos são limitados e devem ser aplicados adequadamente, com priorização e planejamento”, completou.

Estudo sobre a produtividade
Na reunião, foi apresentado o estudo sobre a produtividade brasileira, segundo o qual, o país vem perdendo sua competitividade. Conforme o levantamento, hoje a indústria nacional tem uma produtividade média de 31% em relação à norte-americana. Um trabalhador brasileiro hoje tem a produtividade de 40% da de um coreano, enquanto que em 1960 eram necessários dois coreanos para produzir o mesmo de um brasileiro. Há uma necessidade de ampliar a produtividade do país, já que a estrutura demográfica está se alterando. Em 2000, o Brasil tinha um idoso para cada quatro crianças, mas em 2050 terá dois idosos para cada criança.

Crise política
Para o cientista político Carlos Melo, que participou da reunião, será uma “surpresa” se não ocorrer o impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Ele não vislumbra possibilidade de o governo reconstituir uma maioria no Congresso, que, em sua análise, está disposto a “entregar os anéis (Dilma) para manter os dedos”. Ele constata que o Brasil vive um período de “esgotamentos estruturais”, que engloba o modelo econômico (“populismo fiscal”), modelo político (“governabilidade fisiológica”, forma de financiamento de campanhas eleitorais, presidencialismo de coalisão, representação partidária) e crise de lideranças.

Melo teceu críticas à presidente Dilma, entre outros motivos, pela iniciativa de nomear seu antecessor Lula para o ministério e disse que o ex-presidente corre o risco de desmoralização. O cientista político também analisou o eventual governo Temer, constatando que, confirmando-se a sucessão, o novo governo teria a sombra da Lava Jato, com o risco de unificarem-se os movimentos de 13 e de 18 de março (atuais manifestantes contrários e favoráveis a Dilma Rousseff).

Sobre a operação Lava Jato, Melo disse que ela representa uma esperança e um risco. “Esperança de que alguma forma purifique, de algum modo, esse sistema, e o risco de que ao final e ao cabo pareça simplesmente uma operação para retirar a presidente Dilma”, disse Melo.

A continuidade da Lava Jato é, em sua opinião, uma das necessidades para que o Brasil promova a depuração política. Melo defendeu ainda a criação de uma constituinte exclusiva, com candidaturas avulsas e quarentena para os constituintes. Para ela, é imperioso evitar a escalada da crise, retomar o diálogo e pacificar o país. “Hoje quem tem um pouco de isenção e capacidade analítica apanha dos dois lados”, afirmou o cientista político.

Economia Comportamental

O consultor da Gallup, Brian Heap, ministrou palestra sobre os impactos da economia comportamental, do bem-estar e do engajamento nas corporações. Segundo ele, as empresas precisam atrair e reter as pessoas que fazem a diferença em inovação, empreendedorismo e novos negócios. Ele traçou um paralelo com o que ocorreu com a economia nas últimas três décadas. Segundo ele, em 1990 havia uma perspectiva de que 25 anos depois as economias japonesa e alemã se equiparassem ou até mesmo superassem a dos Estados Unidos, na ordem de US$ 3 trilhões e US$ 4 trilhões. No entanto, o PIB americano disparou nesse período, chegando a US$ 16,8 trilhões. Conforme pesquisa da Gallup, essa diferença foi gerada por aproximadamente mil pessoas, de outras nacionalidades, que migraram para a América do Norte e aproveitaram as oportunidades que aquele país gerou.


 

Ivonei Fazzioni
48 3231-4673
48 8421-3600
ivonei@fiesc.com.br

 

 

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