Florianópolis, 10.7.2015 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) implantou nesta semana três Câmaras Regionais do Movimento A Indústria pela Educação. Na quinta (9), São Miguel do Oeste instituiu o grupo, e nesta sexta (10), foi a vez das cidades de Tubarão e São José. A iniciativa promoverá a articulação e mobilização dos públicos visando à análise e priorização de ações necessárias em cada região.
“Com mais educação teremos melhores profissionais, que passam a ter melhores oportunidades de carreira e, assim, melhor remuneração, criando um círculo virtuoso que beneficia as famílias catarinenses. Ou seja, é bom para a empresa e para o trabalhador”, afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, fundamentando o mote que tem marcado o Movimento: Educação é o novo nome do desenvolvimento. “Ao dar educação, conferimos dignidade aos jovens e crianças, formando cidadãos melhores”, completa.
No Brasil, 1,3 milhão de estudantes deixaram a escola em 2014, de acordo com o último censo escolar. Além disso, 8,9% dos jovens catarinenses entre 15 e 29 anos não trabalham e nem estudam e cerca de 40% dos estudantes do ensino médio não concluem o curso. Na indústria catarinense, 25% dos jovens até 24 anos de idade não têm escolaridade básica completa.
Para o vice-presidente da FIESC no Extremo-Oeste, Astor Kist, a instalação da Câmara reflete a evolução do Movimento, lançado pela entidade em 2012. “A preocupação da FIESC é com o desempenho, a produtividade e a competitividade da indústria. E concluímos que o grande gargalo é a educação, a capacitação do trabalhador”, afirmou. “Desde 2012, quando começou com a adesão das indústrias, o Movimento tem crescido e evoluído muito. As câmaras regionais são uma mostra disso”, acrescentou.
Em Tubarão, o vice-presidente da FIESC para o Litoral Sul, Michel Miguel, afirmou que o Movimento A Indústria pela Educação é uma iniciativa de referência nacional. “Peço a participação efetiva de todos porque com mais qualificação o trabalhador melhora a sua remuneração e a indústria ganha competitividade”, disse.
Para o vice-presidente da FIESC na região Sudeste, Tito Schmitt, nada acontecerá no Brasil sem passar pela melhoria da educação. "Quanto mais preparados estiverem os nossos jovens, melhor enfrentarão os desafios impostos pelo mundo do trabalho", concluiu, ao implantar a Câmara Regional em São José.
Nos eventos, o diretor-executivo do Movimento A Indústria pela Educação, Antônio José Carradore, reforçou: “são as pessoas que fazem a diferença no ambiente competitivo”. Ele lembrou que Santa Catarina tem indicadores educacionais bons em relação aos outros Estados brasileiros, mas não na comparação internacional. Como a indústria enfrenta a concorrência global tanto no mercado interno quanto no externo, é esse o dado mais importante, argumentou. “Educação é a base para a inovação, a tecnologia, a produtividade e a qualidade de vida”, concluiu. Estudos da OCDE mostram que o Brasil ocupa a 57ª posição no ranking de competitividade e 61ª quando o assunto é inovação.
Vinculadas às vice-presidências da FIESC, as Câmaras contarão com a participação de representantes do setor industrial, dos sindicatos patronais e dos trabalhadores, dos setores de educação da rede pública, além dos jovens embaixadores do programa Conexão Jovem. A iniciativa promoverá a articulação e mobilização dos públicos visando à análise e priorização de ações necessárias em cada região para a superação desses dois importantes desafios.
EducaRH - As cidades de Tubarao e São José também realizaram nesta sexta-feira (10) o Workshop EducaRH, que a FIESC promove em parceria com a ABRH-SC. A criação de planos de desenvolvimento para colaboradores foi debatida no encontro. O evento abordou formas de assegurar a qualificação dos trabalhadores para atender as demandas atuais e futuras das empresas, incentivando a criação de Planos de Desenvolvimento de Pessoas (PDPs).
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