Florianópolis, 23.09.2016 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), por meio do SESI, e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) assinaram, nesta sexta-feira (23), termo de cooperação que visa ao desenvolvimento de ações em conjunto para a reabilitação de trabalhadores afastados. A iniciativa também prevê uma unidade de operações-piloto onde o SESI e o INSS poderão ampliar ações em benefício dos industriários. O documento, que foi assinado pelos presidentes da FIESC, Glauco José Côrte, e do INSS, Leonardo de Melo Gadelha, firma também a adesão do Instituto na realização de ações a serem promovidas pela Aliança Saúde Competitividade.
“Em todo o país, e em Santa Catarina não é diferente, temos um grande número de afastamentos do local de trabalho em razão de doenças não ocupacionais, mas sim relacionadas ao estilo de vida, como é o caso do estresse, obesidade, uso de drogas e bebida. Este convênio de cooperação com o INSS possibilitará atuarmos juntos a favor da saúde e da segurança do trabalhador”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.
“Estamos convictos de que precisamos aprimorar nossos processos. Propomos a construção de um modelo calcado no trinômio inovação, transparência e eficiência”, disse o presidente do INSS, Leonardo de Melo Gadelha, acrescentando que o resultado da parceria é benéfico para todos, inclusive a sociedade. “Pessoas reabilitadas para o mercado de trabalho são reinseridas na sociedade, voltam a produzir e gerar riquezas e se completam como cidadãos. Além disso, o INSS deixa de ter um gasto adicional. É um sistema que, se conseguirmos fortalecer, traz ganhos para todos: para o Estado, no sentido da economia pelo fato de contar com a contribuição; para as empresas, que voltam a ter profissionais qualificados atuando, e para o indivíduo, que se insere na sociedade de uma maneira mais efetiva”, enfatizou.
“O desafio da saúde e segurança é sistêmico. Não podemos apenas trabalhar uma agenda protocolar e burocrática, ligada somente às normas regulamentadoras, pois essas são leis e estão estabelecidas. Precisamos, sobretudo, transformá-las em ações efetivas para a melhoria da qualidade de vida, da saúde e da segurança dos trabalhadores e das condições dos ambientes de trabalho. É necessário sair de uma pauta meramente operacional para uma pauta mais estratégica. Todas as entidades estão em prol dessa causa e desejamos poder contribuir de forma efetiva com essa missão”, declarou o superintendente do SESI/SC, Fabrizio Machado Pereira.
De acordo com o INSS, por ano, no Brasil, cerca de 500 mil pessoas são declaradas afastadas por tempo indeterminado, mas somente 50 mil delas têm acesso à reabilitação profissional. Em Santa Catarina, mais de 20 mil pessoas também não tem acesso à reabilitação. Neste primeiro momento, o SESI planeja criar um modelo de trabalho que mostre métricas de impacto desse cenário no Estado e quanto o INSS conseguiria economizar com um programa em conjunto para a reabilitação de trabalhadores. A expectativa é que as pessoas possam se recuperar de um quadro de doença em um prazo menor, por meio de novas formas de tratamento.
A atuação do SESI em conjunto com o INSS já ocorre em alguns municípios. Em Capinzal, por exemplo, as entidades já desenvolvem ações de reabilitação profissional em parceria com indústrias locais. Em Joinville está se iniciando um diálogo para cooperação de ações voltadas para a requalificação dessas pessoas, uma vez que nem todos os afastados conseguem desempenhar as mesmas funções de antes. Por este motivo, esses trabalhadores passam por uma reabilitação vocacional, onde são oferecidos cursos de educação básica para jovens e adultos, entre outros.
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