Em ligação ao coordenador do Fórum Parlamentar, deputado Pedro Uczai, presidente da FIESC, Gilberto Seleme, chamou atenção para os graves impactos do tarifaço dos Estados Unidos nos segmentos de madeira, móveis e molduras

Florianópolis, 11.08.25 - O presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Gilberto Seleme, e o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, Pedro Uczai, discutiram na manhã desta segunda-feira (11) os impactos da entrada em vigor das tarifas de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos.

Diante de um novo documento oficial da aduana norte-americana, que informa que o setor de madeira e derivados será atingido pelo aumento tarifário, a Federação salientou ao deputado catarinense os efeitos sobre toda a cadeia de base florestal, em especial sobre a manutenção de empregos. A redução de pedidos já está provocando férias coletivas e o risco de demissões é elevado.

“Sem medidas de apoio às empresas exportadoras do segmento de madeira e derivados, móveis e molduras, os empregos catarinenses vão migrar para a Ásia. Países como o Vietnã, que já competem pelos mesmos mercados com os produtos de SC, estão mais competitivos por causa da tarifa de 50% imposta ao Brasil e tendem a ganhar participação no mercado norte-americano”, destaca Seleme.

O coordenador do Fórum solicitou informações técnicas sobre os efeitos nocivos do tarifaço sobre a economia catarinense e dos principais segmentos afetados no estado, para subsidiar uma reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

Santa Catarina é o estado com o maior número de polos internacionais do setor de madeira e derivados, com cinco regiões exportadoras. O Paraná conta com quatro polos, e o Rio Grande do Sul com um. “Algumas cidades catarinenses têm sua movimentação econômica muito atrelada a indústrias com elevada exposição ao mercado norte-americano e as consequências econômicas e sociais seriam severas”, explica Seleme.

A FIESC está mobilizando a bancada catarinense pela necessidade de apoio a políticas públicas que minimizem os efeitos no curto prazo. “Mesmo que nossas indústrias estejam buscando abrir novos mercados, conforme a pesquisa da Federação mostrou, esse é um processo longo. Soma-se a isso o fato de que empresas de todo o mundo estão buscando destinos alternativos para os produtos que seriam destinados aos EUA, o que aumenta a competição internacional”, informa.

 

Dados das exportações

  • Em 2024, o estado de SC exportou US$ 1,744 bilhão para os EUA.
  • Os EUA são o principal destino das exportações de Santa Catarina, com participação de 14,9% no total exportado de 2024.
  • O setor de madeira e móveis catarinense foi responsável por US$ 768,3 milhões em vendas aos EUA em 2024.
  • Os cinco principais setores exportadores de SC para os Estados Unidos são: 
    • Produtos de madeira US$ 650,7 milhões - 37,3% do total vendido aos EUA
    • Veículos auto e peças 258,6 milhões  - 14,8% do total vendido aos EUA
    • Equipamentos elétricos 232,3 milhões - 13,3% do total vendido aos EUA
    • Máquinas e equipamentos 119,2 milhões - 6,8% do total vendido aos EUA
    • Móveis 117,6 milhões  - 6,7% do total vendido aos EUA


Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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