Indústrias brasileiras poderão vender produtos e integrar cadeias de fornecimento para países membros da OTAN

Florianópolis, 22.10.25 - Santa Catarina desponta como protagonista em uma das frentes mais estratégicas da nova economia: a indústria da defesa. Com um ecossistema dinâmico de inovação, tecnologia e produção de alto valor agregado, o estado se posiciona entre os principais polos nacionais do setor. Essa vocação foi reafirmada na reunião regional do Conselho de Desenvolvimento da Indústria de Defesa - Condefesa da Federação das Indústrias de SC (FIESC), realizada na quarta-feira (22), em Itajaí.

O encontro evidenciou o potencial transformador da Base Industrial de Defesa (BID) para a economia catarinense e consolidou Itajaí como um dos centros estratégicos desse novo ciclo de desenvolvimento. Itajaí já se destaca no cenário nacional com a construção das fragatas classe Tamandaré, projeto da Marinha do Brasil em andamento no estaleiro da cidade. A infraestrutura naval e a cadeia de fornecedores locais têm impulsionado a geração de empregos qualificados e a inovação embarcada. “Estou impressionado com o que Itajaí vem desenvolvendo, especialmente nas áreas de tecnologia, inovação e fármacos. A cidade tem tudo para se consolidar como um polo estratégico da base industrial de defesa”, afirmou Olsen.

OTAN
Com vistas a ampliar as oportunidades de fornecimento das empresas de SC para o setor de defesa global, o contra-almirante (IM) Marcello Canuto, diretor do CASLODE, apresentou as diretrizes para a inclusão de produtos brasileiros no Sistema OTAN de Catalogação (SOC/OTAN). A ferramenta amplia a competitividade internacional da indústria brasileira e facilita sua integração às cadeias globais de fornecimento. Entre os setores com potencial estão: Tecnologia da informação, Farmacêutico, Uniformes e têxteis técnicos, Energia e combustíveis, Telecomunicações, Aeroespacial e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I), entre outros.

Na prática
Durante o evento, a CEO da Connectree, Elaine Rodrigues, demonstrou como a plataforma digital da empresa conecta empresas, universidades e as Forças Armadas, promovendo inovação colaborativa. Na mesma linha, o empresário Cleber Battisti Archer, da Desmodus Equipamentos, compartilhou o caso de sucesso da empresa como fornecedora de soluções táticas e reconhecida como Empresa Estratégica de Defesa (EED).

A programação técnica do evento abordou temas estratégicos para o setor. O contra-almirante Guimarães destacou o papel da mobilização nacional, enfatizando a importância de preparar a indústria para cenários de crise. O conflito na Ucrânia foi citado como exemplo da necessidade de autossuficiência em insumos críticos, como energia, cibersegurança e inteligência de dados. “Mobilizar não é só convocar soldados. É envolver ministérios, universidades, empresas e a sociedade para responder a desafios complexos. E Santa Catarina está pronta para esse papel”, reforçou o contra-almirante Guimarães.

Empresas Estratégicas
Com apenas 1,2% do território nacional, Santa Catarina concentra 12% das Empresas Estratégicas de Defesa do Brasil. São 31 EEDs cadastradas, sendo quase 40% delas micro e pequenas empresas, muitas com base tecnológica. Essas companhias já atendem demandas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, com soluções que vão de uniformes técnicos a softwares embarcados e estruturas navais de alta complexidade.

Com informações da assessoria de imprensa regional

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação 

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