Florianópolis, 07.08.2024 - A jornada da indústria rumo à descarbonização deve passar por um período de adaptação até que a matriz energética deixe de usar combustíveis fósseis. A diminuição da emissão de gases do efeito estufa faz parte das metas acordadas no Acordo de Paris, em que o Brasil propôs a redução de 37% em suas emissões até 2025 e uma contribuição indicativa de 43% abaixo dos níveis de 2005 em 2030, além de medidas adicionais em energias renováveis e eficiência energética.
Para debater os desafios a serem enfrentados pelas indústrias na direção de emissões líquidas zero, a Federação das Indústrias de SC (FIESC), organiza no próximo dia 20 de agosto, o evento Radar Pocket - Transição Energética. O encontro, que ocorre na Associação Comercial e Industrial de Criciúma (ACIC), vai discutir a necessidade de implementação de políticas públicas estaduais para fomentar a transição e como atender a necessidade de reduções de emissões frente a atual matriz energética catarinense. Quem fala sobre o tema é Guilherme Dallacosta, secretário do Meio Ambiente e da Economia Verde do estado.
Um dos debates centrais do evento é a estratégia a ser adotada neste momento em que combustíveis fósseis e verdes vão coexistir, na caminhada para uma transição energética justa. O painel sobre o assunto traz executivos da SCGás e Diamante Energia, além da Associação Brasileira do Carbono Sustentável. É consenso que, num primeiro momento, haverá a necessidade de aumentar a parcela de combustíveis fósseis com menores níveis de emissão de gás carbônico, até que os investimentos em novas tecnologias de combustíveis verdes sejam comercialmente viáveis e possam ser acessíveis. A transição energética justa considera essa acessibilidade de energias renováveis tanto do ponto de vista da segurança no fornecimento como no preço.
Oportunidades
Reduzir emissões nos setores industrial e de transporte investindo em novas tecnologias, na eletrificação e na eficiência energética pode impulsionar a descarbonização.
O evento vai debater como as oportunidades de novos negócios para atender às demandas crescentes por soluções de energia verde e de eficiência energética na indústria. Também vai tratar do impacto dessa transição do setor industrial, tanto do ponto de vista de investimentos como de regulação e expectativa dos consumidores. Esse cenário é tema do painel com executivos da Salvaro Industrial, Grupo Mohawk e FCO Group.
Protagonismo
A descarbonização do Brasil é fundamental para o atingimento das metas globais firmadas em Paris. Isso porque o país é um dos maiores emissores de gases do efeito estufa, ocupando a sétima posição, mas também porque conta com uma posição muito favorável para se tornar uma das potências que vai viabilizar essa transição. O perfil de emissões do Brasil é muito diferente do restante do mundo. O país emite cerca de 2,2 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (GtCO2eq) todos os anos. Metade desse volume é gerado a partir do desmatamento, um quarto pela agricultura, um quinto por transportes e energia, e o restante pela indústria e resíduos, conforme dados da consultoria McKinsey.
Por outro lado, o país é destaque na produção de energias renováveis. De acordo com os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), dos 200 GW de potência alcançados pelo Brasil, 84,25% são de fontes renováveis e 15,75% de fontes não renováveis (1% nuclear). As três maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%). Isso coloca o país em posição de protagonismo, a partir do incremento da contribuição da bioenergia na sua matriz. No acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a elevar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética para 18% até 2030.
Confira a programação e faça sua inscrição.
SERVIÇO:
O quê: Radar Pocket Transição Energética
Quando: 20 de agosto - 13h30
Onde: ACIC - Criciúma
Inscrições gratuitas
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
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