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Enfrentar riscos globais exige de executivas habilidades sociais e tecnológicas

Afirmação é de Katia Vaskys, ex-IBM, que abriu as atividades do Programa Internacional de Educação Executiva (PIEE), da Academia FIESC de Negócios; a formação tem parceria com a Nova School of Business and Economics (NOVA SBE), de Lisboa, e é exclusiva para mulheres

Florianópolis, 7.05.2024 - De acordo com o Fórum Econômico Mundial, estão entre os riscos globais mais graves para as economias e sociedades fatores como desinformação, clima extremo, polarização social e/ou política e insegurança cibernética. Para enfrentar estes desafios, executivas precisam desenvolver habilidades sociais e tecnológicas. É o que defende a ex-presidente da IBM no Brasil, Katia Vaskys, que participou nesta terça-feira (7) do Programa Internacional de Educação Executiva (PIEE), da Academia FIESC de Negócios. A formação é exclusiva para mulheres.

Segundo o levantamento, nos próximos dez anos os principais riscos estão relacionados a questões ambientais e tecnológicas. “Se a gente não mudar nossos modelos sociais para sobrepor estes riscos, não importa o quanto se invista dinheiro, porque não seremos bem-sucedidos em um mundo doente”, alerta Katia.

Entre as habilidades elencadas como essenciais para o sucesso no mercado de trabalho pelo Fórum Econômico Mundial estão pensamento analítico, pensamento criativo, resiliência, flexibilidade e agilidade, motivação e autoconhecimento. “Podemos destacar ainda empatia, escuta ativa, influência social nos grupos em que você atua. À medida que temos cada vez mais automação de processos e inteligência artificial, vai nos restar sermos, de fato, humanos”, frisa Katia.

Perfil de liderança

Entre as habilidades de um bom líder apontadas pela Harvard Business Review estão autoconsciência, ouvir e comunicar bem, facilidade de interagir com diferentes tipos de pessoas e grupos, além da capacidade de inferir como os outros estão pensando e sentindo as situações. “As companhias buscam CEOs que possam influenciar seus times. A gestão colaborativa, que permita que as pessoas sejam vistas e descobertas, além da capacidade de trabalhar com times multifuncionais são fatores essenciais para qualquer posição de liderança”, destaca a executiva. “O líder do futuro tem skills sociais profundamente desenvolvidas”, acrescenta. 

Quem corrobora com esta visão é Marta Pimentel, diretora de educação executiva da NOVA SBE, que afirma que “o mundo precisa desesperadamente de maior presença feminina nas organizações, do cuidado com o outro, dessa capacidade de gentileza, de gerir por consenso”. Ela lembra que tais aspectos, não tão valorizados em outros tempos, hoje são característicos de culturas organizacionais que permitem que as empresas evoluam.

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Marta Pimentel afirma que o mundo precisa desesperadamente de maior presença feminina. Foto: Elis Pereira

Protagonismo feminino na tecnologia

Katia Vaskys, que foi eleita pela Forbes em 2021 entre as 20 mulheres de sucesso do Brasil, ingressou no mundo da tecnologia em 1980. Foi executiva da Teradata antes de ingressar na IBM do Brasil. Ocupou a presidência da companhia por um ano e deixou o cargo para se dedicar a outros projetos. “Acredito na tecnologia como um grande motor de transformação da sociedade. Sou essencialmente ‘de humanas’, ainda que atue na área de tecnologia, não olho pra ela como uma coisa isolada e fora do contexto em que a gente vive. Os grandes movimentos foram impulsionados por soluções tecnológicas”, lembra.

A mentora e especialista em desenvolvimento humano e governança familiar, Flavia Camanho, também destaca a importância do protagonismo feminino no mundo corporativo. “Os novos tempos exigem da gente esforço de sustentação. Tenho sempre que sustentar o lugar que eu ocupo, o lugar que eu já ocupei, reafirmando a minha relevância”, diz a especialista que também é colunista do Valor Econômico. “O nosso poder no mundo assusta porque é mais amplo”, acrescenta, destacando que mulheres têm leitura de cenário apurada e podem exercer o poder em múltiplas funções. 

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Flavia Camanho, sobre o protagonismo feminino: o nosso poder assusta porque é mais amplo. Foto: Elis Pereira

Desenvolvimento pessoal 

Silvia Marafon, curadora do programa da Academia, afirma que as mulheres querem capacitações exclusivas e que abordem temas específicos. “O programa é feito para mulheres e por mulheres. Queremos prepará-las para desafios cada vez maiores nas corporações. Outra dica importante é se cercar de pessoas que nos impulsionam”, explica. A Academia FIESC de Negócios organiza para o segundo semestre um programa de mentoria que certificará as participantes do PIEE em parceria com a NOVA SBE. 

A formação segue nesta quarta-feira (8) com a participação de Patrícia Ansarah, Monika Conrads, Elisa Olsen e Valéria Café. 

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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