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Em SC cresce o número de trabalhadores na indústria intensiva em tecnologia

No entanto, metade da força de trabalho do Estado ainda atua no segmento tradicional, mostra estudo apresentado em reunião do Conselho de Economia da FIESC

Florianópolis, 16.9.2014 - A cada dez trabalhadores catarinenses, cinco estão na indústria tradicional mostra estudo apresentado pelo economista e professor da UFSC Silvio Cário, em reunião do Conselho de Economia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). No encontro, realizado nesta terça-feira (16), em Florianópolis, o especialista ressaltou, contudo, que há um crescimento gradativo de pessoas atuando no setor intensivo em tecnologia e em conhecimento, como o de eletroeletrônica, farmacêutico e máquinas e equipamentos. Entre as atividades que integram o segmento tradicional estão alimentos, bebidas, têxtil, confecção e calçados.

Ainda que haja em curso mudança na estrutura industrial catarinense a favor de setores com maior conteúdo tecnológico, Cário reforçou a importância do setor tradicional. "De cada R$ 10 gerados na venda de produtos, R$ 4,5 provém deste segmento, que é intensivo em força de trabalho". No entanto, alertou para o desafio da elevação da produtividade, que, na opinião dele, ocorrerá com o progresso técnico.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, que também está à frente do Conselho, destacou que a produtividade é um dos problemas cruciais da economia brasileira, com o País perdendo posições. "Em alguns anos, com o fim do bônus demográfico, teremos dificuldades para incorporar contingente expressivo de trabalhadores nas indústrias. É uma questão que precisa ser tratada com bastante cuidado, aliada ao fato de que o parque industrial tem, em média, de 15 a 17 anos. Não só precisamos melhorá-lo, como elevar o nível de escolaridade para que os trabalhadores possam se tornar mais produtivos", afirmou.

Na abertura do encontro, Côrte fez um panorama dos dados econômicos de Santa Catarina e destacou que o emprego é o melhor indicador, com crescimento de 3,4% no acumulado do ano até agosto em relação ao mesmo período em 2013. Outros dois indicadores registraram retração de janeiro a julho em relação ao mesmo período no ano passado. A produção industrial teve queda de 1,8% e as vendas do setor contraíram 0,4%.

Base de dados: O presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Hugo Lembeck, apresentou o SIDEMS, um banco que centraliza informações dos municípios catarinenses. A iniciativa tem o objetivo de auxiliar os gestores públicos na formulação de políticas públicas, reúne dados para a tomada de decisão por parte de investidores, além de facilitar a construção de programas municipais que melhorem o atendimento ao cidadão. A ferramenta é uma rede colaborativa integrada por prefeituras, instituições de ensino e pesquisa, entre outras organizações. O presidente da FIESC colocou a entidade à disposição para fornecer dados econômicos que estão no âmbito do Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC).

Ainda no evento, o professor da Udesc Adriano de Amarante apresentou uma análise econométrica dos clusters produtivos do Estado. 






 

Dâmi Cristina Radin
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4670 | 48 8421-4080
damicr@fiescnet.com.br

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