Florianópolis, 2.5.2016 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) entregou ao Fórum Parlamentar Catarinense a Agenda para o Brasil sair da Crise 2016-2018 e a Agenda Legislativa da Indústria 2016. O presidente da instituição, Glauco José Côrte, fez um panorama da indústria brasileira e catarinense e destacou que nos últimos anos o setor em nível nacional perdeu representatividade no Produto Interno Bruto (PIB). “Entre 2010 e 2013 a participação da indústria como um todo (incluindo indústria de transformação, extrativa, construção e serviços industriais de utilidade pública) caiu de 27% para 25% do PIB”, informou, durante reunião-almoço, nesta segunda-feira (2), em Florianópolis. Além dos parlamentares, participaram representantes do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM), integrado pela FIESC, FAESC, FACISC, FAMPESC, FCDL, FECOMÉRCIO e FETRANCESC.
Côrte deu as boas-vindas ao novo coordenador do Fórum, o senador Dalirio Beber, e enalteceu o trabalho realizado pelo deputado Mauro Mariani à frente da bancada e a acolhida dos pleitos do setor produtivo catarinense. “Hoje nossa intenção é agradecer o empenho que os parlamentares têm demonstrado e o esforço para encaminhar e defender as questões mais relevantes para Santa Catarina e para a retomada dos investimentos, da produção e do emprego, no sentido de recolocar o País no caminho do desenvolvimento, sem aumento de tributos”, afirmou Côrte.
O presidente da FIESC disse ainda que em recente reunião do COFEM a palavra dominante foi que a crise não iria tomar conta da agenda. “Pelo contrário, as forças produtivas de Santa Catarina estão olhando para frente, continuamos trabalhando, gerando empregos e com confiança de que podemos contribuir para a recuperação da economia”, concluiu.
Em seu pronunciamento, Dalirio lamentou que as demandas catarinenses não estão sendo suficientemente atendidas, apesar do esforços conjuntos. “Mauro Mariani capitaneou várias reuniões para tratar da infraestrutura rodoviária, pedindo objetividade e prazo, mas vemos notícias de que vão paralisar obras das BRs 280, 470 e 101. Vamos esperar que, de fato, tempos novos se descortinem para permitir que o Estado de Santa Catarina, que é modelo em sua estruturação e na sua diversidade industrial, possa ter junto às autoridades da União o respaldo no sentido da infraestrutura”, declarou Beber.
Propostas para sair da crise: A Agenda para o Brasil sair da Crise foi elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a participação de empresários e das federações industriais de todo o País. O documento propõe 36 medidas fundamentais que devem ser implementadas pelo governo federal imediatamente após o país solucionar a questão política. As ações passam pelo ajuste fiscal, por reformas na legislação trabalhista e de tributação, pelo aumento das concessões em infraestrutura, por avanços na área de comércio exterior, por melhores condições de crédito para as empresas e pela suspensão de novas obrigações acessórias que aumentam o custo e a burocracia para as empresas. Clique aqui e conheça mais.
Agenda Legislativa: A Agenda Legislativa da Indústria 2016 reúne 121 propostas prioritárias para o setor, construída em consenso com mais de 60 associações setoriais e as 27 federações estaduais da indústria. A publicação, lançada pela CNI em abril, aponta os ajustes imediatos e urgentes para a recuperação da confiança do setor privado no curto e médio prazos. Em especial, as 14 proposições listadas na Pauta Mínima, conjunto de temas prioritários e de maior impacto sobre o ambiente de negócios. O seleto grupo de proposições, algumas em estágio avançado de tramitação, representam melhoras sensíveis para a remoção de barreiras ao investimento, na redução de burocracia e custos e aumento da segurança jurídica para as empresas.
As propostas oferecem ao Congresso Nacional um norte para eliminar entraves históricos ao crescimento da economia, como a excessiva burocracia e a complexidade do sistema tributário. Muitas das proposições que a Agenda Legislativa 2016 defende estão em estágio avançado de tramitação e, caso sejam aprovadas, terão impacto sensível na capacidade de o Brasil ser mais competitivo. Clique aqui e saiba mais.
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