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Duplicação da BR-116 reduziria mortes em acidentes pela metade

Na FIESC, concessionária defendeu a viabilidade da obra. Federação ressaltou que é preciso equacionar o custeio da duplicação, para que os usuários não sofram com a disparada nos preços do pedágio

Florianópolis, 06.04.2016 – A duplicação tem potencial de reduzir em 54% o número de mortos em acidentes no trecho da BR-116 que passa por Santa Catarina. A estimativa foi apresentada nesta quarta-feira (06) pelo engenheiro Newton Gava, que realizou estudo sobre a viabilidade da obra para a concessionária Autopista Planalto Sul. Segundo o especialista, as colisões frontais foram responsáveis por 42% das mortes entre 2011 e 2014, enquanto as colisões transversais causaram 12% dos falecimentos. Com a duplicação das pistas e eliminação dos cruzamentos em nível, estes tipos de acidente tenderiam a zero. Gava apresentou seu estudo em reunião da Câmara para Assuntos de Transportes e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). 

De acordo com o engenheiro, dos 380 quilômetros da rodovia sob concessão no Paraná e em Santa Catarina, a duplicação se mostrou viável no trecho entre Curitiba e Lages, com 270 km ainda em situação de pista simples. Esta obra teria custo aproximado de R$ 3 bilhões e estaria concluída em sete anos. O estudo mostrou que a duplicação, se realizada unicamente com recursos da concessionária, teria potencial para mais que dobrar o valor do pedágio na rodovia.


O presidente da Câmara e primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou a importância de melhorar a segurança da rodovia, mas manifestou preocupação com os custos. “Esta perspectiva de aumento no valor pago pelos usuários é preocupante. É preciso encontrar uma solução que viabilize esta importante obra sem que o custo seja repassado para as tarifas de pedágio”, ressaltou.

Para Antonio Cesar Sass, diretor-superintendente da Autopista Planalto Sul, a rodovia precisa estar a altura da dinâmica economia da região e de sua posição estratégica de ligação com os países do Mercosul, como já acontece com a BR-101. Neste sentido, o engenheiro Gava destacou ainda que a melhoria das condições da BR-116 atrairia parte da demanda que utiliza a BR-101, ajudando a aliviar a saturação da rodovia litorânea.


Fábio Almeida
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4674 | 48 9981-4642
fabio.almeida@fiesc.com.br

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