Florianópolis, 10.11.2025 – O salário é o ponto mais valorizado tanto por jovens quanto por profissionais experientes, mostra pesquisa do SESI e SENAI, conduzida pelo Instituto Nexus, que ouviu presencialmente 3.505 trabalhadores, de todos os estados, de 14 a 59 anos de idade.
As motivações secundárias dos dois grupos apresentam diferenças.
Entre os jovens de 14 a 29 anos, os principais critérios depois do salário (41%) são perspectivas de crescimento na carreira (21%) e benefícios complementares (20%).
Entre as gerações anteriores, com pessoas de 30 a 59 anos, as maiores prioridades depois do salário (47%) são plano de aposentadoria (25%) e a estabilidade no emprego (25%).
➡️ ANÁLISE POSSÍVEL
O contraste mostra que, mesmo com a remuneração no topo das preferências em todos os segmentos, os jovens tendem a associar trabalho a aprendizado, mobilidade e propósito, enquanto as gerações anteriores priorizam previsibilidade e segurança de longo prazo.
Para as empresas, isso significa que políticas salariais competitivas continuam essenciais, mas ganhar a preferência das novas gerações também exige combinar boa remuneração com caminhos claros de desenvolvimento profissional e propostas de valor alinhadas ao propósito dos empregados.
➡️ O QUE MAIS O COMPARATIVO MOSTRA
💡 1. Jovens valorizam crescimento mais que estabilidade
Enquanto 21% dos jovens citaram perspectiva de crescimento na carreira como prioridade, só 11% das gerações anteriores mencionaram este fator. Isso mostra uma virada importante: o jovem quer evoluir, aprender e mudar de posição, e não apenas permanecer no emprego.
💡 2. Estabilidade perdeu força para os jovens
A estabilidade no emprego aparece em 19% das respostas dos jovens, mas é mais valorizada pelos mais velhos (25%). Esta diferença reforça que a nova geração tem uma relação mais fluida e adaptável com o trabalho, menos baseada na permanência e mais em experiências.
💡 3. Aposentadoria é prioridade apenas para gerações anteriores
O plano de aposentadoria é importante para 25% dos mais velhos, mas só 8% dos jovens o citam. Isto reflete o horizonte de tempo: o jovem se preocupa com o presente e o aprendizado imediato, enquanto os mais maduros olham para segurança futura.
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💡 4. Benefícios complementares ganham peso entre os jovens
Para os jovens, 20% valorizam benefícios complementares; entre os mais velhos, este número cai para 14%. A leitura possível é que os jovens estão mais atentos ao pacote total de valor — alimentação, cultura, bem-estar e lazer — e não apenas ao salário nominal.
💡 5. Flexibilidade ainda não é decisiva
Apesar da discussão sobre novos modelos de trabalho, flexibilidade de horário é relevante para apenas 15% dos jovens e 7% dos mais velhos. O dado indica que, na prática, o salário ainda pesa mais que a flexibilidade, mesmo entre as gerações mais novas.
💡 6. Sustentabilidade e propósito ainda têm espaço para crescer
Apenas 5% dos jovens e 3% dos mais velhos mencionaram práticas de sustentabilidade. Isso mostra que, embora o discurso sobre propósito esteja mais presente entre os jovens, as decisões concretas de emprego ainda são guiadas por fatores econômicos e de carreira.
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