Florianópolis, 27.10.2014 - Durante evento sobre gestão de pessoas, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, disse que o trabalho em rede é um fenômeno que cada vez mais acontece nas empresas. Ele representou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Encontro Rede Latino-Americana de Gestão de Pessoas por Competências e Organizações Sustentáveis. A iniciativa é realizada em Florianópolis até o dia 30 de outubro e envolve a CNI, Sebrae, Senar e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Côrte destacou que a união das entidades busca debater e encontrar caminhos em que a gestão de pessoas, de fato, seja o grande diferencial das companhias. "Há alguns anos o mais importante numa empresa era o capital físico ou financeiro. Hoje o que realmente dá vida à organização e a coloca em condições de competitividade em relação aos concorrentes é o capital humano", completou.
O presidente da FIESC lembrou que há alguns anos de 70% a 80% do custo do produto era vinculado ao capital físico e financeiro. "Atualmente, esse percentual se refere a custos relacionados ao conhecimento que vem das pessoas e movimenta, de fato, o setor econômico e social de um País", salientou. Ele também destacou a importância da educação e citou os investimentos que a CNI, em parceria com as Federações de Indústria, está realizando no Brasil para elevar a competitividade. Estão sendo investidos R$ 2 bilhões em 60 Institutos SENAI de Tecnologia e 25 de Inovação. Destes, Santa Catarina irá receber sete de Tecnologia e três de Inovação.
"A FIESC está perfeitamente alinhada com esse esforço da CNI para tornar a indústria mais competitiva o que requer trabalhadores mais produtivos. Isso significa que são necessários profissionais que tenham condições de aplicar e praticar conceitos de inovação. Sem inovação teremos dificuldade de competir num mundo em que a concorrência se tornou mais agressiva e intensa", explicou.
Côrte também falou do engajamento da FIESC para melhorar o nível de escolaridade do trabalhador, por meio do Movimento A Indústria pela Educação, lançado no final de 2012. A entidade vai fechar o triênio 2012-2014 com mais de 800 mil matrículas em todos os cursos que SESI, SENAI e IEL mantêm em Santa Catarina. "Só na área de capacitação técnica e profissional estamos duplicando o número de matrículas de 2011 a 2014 - passando de 90 mil para 180 mil. Queremos enfatizar esse movimento que cada vez mais ganha consciência e se amplia no Brasil", disse. Na opinião dele, os esforços para melhorar a educação em todos os níveis, particularmente, do trabalhador, é fundamental para que o País possa assegurar um papel relevante tanto no mercado interno quanto no internacional.
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