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Comércio exterior é estratégico para indústria, diz Côrte a grupo do Panamá

Delegação do País da América Central participou de seminário de oportunidades de negócios e investimentos, promovido pela FIESC, em Florianópolis

Clique aqui e veja a cobertura fotográfica no Flickr da FIESC

Florianópolis, 7.4.2017 – “O comércio exterior é uma atividade estratégica para o setor industrial catarinense. Em 2016, fomos o oitavo maior Estado exportador e o terceiro maior importador do Brasil”, disse o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, durante seminário sobre oportunidades de negócios, parcerias e investimentos entre o Estado e o Panamá. O encontro foi realizado nesta sexta-feira (7), em Florianópolis, e contou com a participação de delegação do Panamá, liderada pelo vice-ministro de Comércio e Indústria do Panamá, Néstor González.  

“Ainda que os volumes de exportação e importação em termos absolutos sejam pequenos, os embarques catarinenses ao Panamá aumentaram 28% de 2015 para 2016, enquanto as importações de produtos oriundos do Panamá cresceram 166%. Isso indica que há grandes possibilidades de ampliação das nossas relações comerciais”, avaliou Côrte. Ele também lembrou que o encontro ganha mais relevância em períodos como o atual em que a economia mundial registra baixo crescimento e internamente o Brasil demonstra os primeiros sinais, ainda que tênues, de início do processo de recuperação. As exportações catarinenses ao Panamá totalizaram US$ 15,7 milhões no ano passado e as importações do Estado vindas do Panamá somaram US$ cerca de 1 milhão no período.

“Por meio da FIESC, Santa Catarina detém longa tradição de intercâmbio comercial com o Panamá”, disse o presidente da entidade, salientando que há 15 dias a Federação realizou a 12ª missão empresarial brasileira ao Panamá, com a participação de 25 representantes de empresas brasileiras, que expuseram produtos e serviços na feira multissetorial Expocomer, evento referência na região.

Em seu pronunciamento, o vice-ministro Gonzalez destacou o crescimento do investimento direto estrangeiro no Panamá, que tem como principal parceiro comercial os Estados Unidos, e a infraestrutura logística, com destaque para a plataforma portuária, com acessos pelo Atlântico e Pacífico, que permitem alcançar um mercado de três bilhões de pessoas no mundo. Além disso, o País da América Central é signatário de tratados comerciais com 19 países, entre eles, União Europeia e Estados Unidos.

“Nossa economia é dolarizada e dependemos do setor bancário dos Estados Unidos. Hoje, a distância entre o euro e o dólar diminuiu, razão pela qual nossa economia foi fortalecida. Um dólar forte não torna nosso País atraente para as exportações, mas a nossa plataforma logística é atraente”, afirmou Néstor, ressaltando que a queda do preço das commodities não afetou o País porque a economia está baseada em serviços.

González disse ainda que o investimento estrangeiro direto no Panamá aumentou 17% de 2015 para 2016 e fechou em mais de US$ 5 bilhões. Quase 50% vêm do reinvestimento das multinacionais instaladas no País. “Isso demostra o grau de segurança jurídica que oferecemos. Nosso auge econômico não tem precedentes na região. O Panamá é um País amigável para os negócios. Temos um marco regulatório que facilita os investimentos e um regime tributário atraente”, garantiu ele, salientando que não há distinção entre investimentos estrangeiros e locais e há um sistema que protege por dez anos os investimentos para evitar algum imprevisto em caso de mudança de governo.

Ele também destacou ações que o governo planeja até 2040 para melhorar a conexão da população local com a região central das cidades, além da educação. O governo tem buscado referência no modelo de Cingapura, investido no ensino de línguas estrangeiras na rede pública, especialmente na língua inglesa. Também estão construindo um centro técnico, com foco na formação de pessoas para atender a demanda do setor logístico.

Ainda durante o encontro, o diretor de desenvolvimento institucional e industrial da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, apresentou os principais números da economia catarinense e o perfil da indústria do Estado. O secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira, destacou que o Estado quer ser o grande parceiro do Panamá no Brasil. “Entendemos que o Panamá é importante parceiro da indústria pela sua localização estratégica. A soma da nossa estrutura portuária com os portos panamenhos trará muito desenvolvimento”, disse.



 


Assessoria de Imprensa da FIESC
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