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Com aprendizagem industrial, jovens têm acesso ao primeiro emprego 

Celebrado no dia 24 de abril, o dia do jovem aprendiz reforça a importância de apoiar iniciativas de inserção deste público no mercado de trabalho; ele tem carteira de trabalho assinada, salário mensal e 13º salário, férias, vale-transporte e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)


Florianópolis, 24.04.2023 - A conquista do primeiro emprego é um marco importante na busca dos jovens por autonomia e independência. Por isso, programas de aprendizagem industrial são essenciais para inserir este público no mercado de trabalho. Em Santa Catarina, quase 15 mil jovens participam de programas de aprendizagem industrial do SENAI, sendo que pouco mais de 60% estão frequentando o ensino médio na rede pública do estado. 

As vantagens para quem contrata um aprendiz são inúmeras, afirma o diretor-regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira. “Além de contribuir para a profissionalização de adolescentes e jovens, a indústria que investe em programas de aprendizagem forma profissionais ainda mais alinhados à cultura e à demanda”, frisa. Outra vantagem é a vivência do dia a dia da indústria. “A educação profissional e as experiências práticas estão se tornando extremamente valiosas para jovens, pois podem ser o pontapé inicial na carreira”, acrescenta Pereira.

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No Centroweg, que tem parceria com o SENAI, mais de 800 jovens estão sendo qualificados para atuação na indústria, entre eles, Lara Dalmônico, de 18 anos. Influenciada pelo pai, que inclusive foi professor do Centroweg, a jovem iniciou a aprendizagem industrial em eletrônica de manutenção. “Aqui temos a oportunidade de conhecer o dia a dia da indústria, explorar os produtos desenvolvidos pela WEG e aprimorar a prática. Temos contato com a inovação, que é tão presente na fábrica e a oportunidade do primeiro emprego”, conta a acadêmica do curso de engenharia elétrica. 

Mais de 90% dos jovens formados no Centroweg acabam sendo efetivados na companhia. Quem não fica, opta por atuar em negócios familiares ou, então, em empreender, explica Juliano Vargas, diretor de RH da WEG. “Se considerarmos essa realidade, podemos dizer que 100% dos egressos do nosso centro de formação são absorvidos na economia local, gerando impacto em toda a comunidade”, avalia. 

Vargas aponta três fatores para o alto índice de retenção destes jovens na WEG. “Acredito que o tipo de formação, customizada e direcionada para a demanda da indústria, os benefícios e as perspectivas de crescimento são os principais atrativos para que o profissional permaneça conosco”, elenca. Mais de 4,5 mil colaboradores que estão na ativa são egressos do Centroweg. No mundo todo, a indústria conta com 40 mil funcionários, sendo 27 mil no Brasil e 16 mil em Jaraguá do Sul. 

Outro exemplo de programa que vem abrindo as portas aos jovens interessados em atuar na área de tecnologia é o modelo de aprendizagem 4.0, desenvolvido pelo SENAI em parceria com a Malwee. O curso forma programadores full-stack. As aulas são todas síncronas, às segundas-feiras, e nos demais dias os jovens vão para a indústria. 

‘Softskills’ na bagagem dos jovens aprendizes

As chamadas softskills, também conhecidas como habilidades socioemocionais, também se somam ao currículo dos aprendizes. É o caso da Camila Maziero, de 23 anos, que atua na área de recrutamento e seleção da Klabin, em Lages. A jovem, que hoje cursa graduação, destaca que programas voltados à profissionalização do jovem permitem desenvolver outras habilidades. “Comecei como jovem aprendiz aos 14 anos e, até os 18, fiz três cursos nas áreas de elétrica, automação, eletricista predial, além do técnico em automação industrial. As experiências com os cursos de aprendizagem abriram portas para outras oportunidades na indústria que exigem mais do que habilidades técnicas, mas também de oratória e relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe”, conta. 

Na Ogochi, indústria têxtil de São Carlos (SC), os jovens aprendizes participam ativamente do processo de produção industrial e, assim como em outras indústrias, muitos acabam efetivados. “Nossa empresa interage muito com as comunidades onde está inserida. A absorção de jovens, até mesmo antes dos 16 anos, tem sido uma experiência ímpar para os líderes e para as famílias, pois conseguimos trazer muitos filhos de colaboradores e estudantes de escolas próximas das unidades fabris”, explica Aureane Mignon, diretora administrativa-financeira da Ogochi. “Nossa missão ultrapassa as habilidades para o trabalho e avança para a formação humana do jovem. Outro aspecto muito importante é a valorização do trabalho na indústria, que, atualmente, é muito moderna, automatizada, dentro do conceito de indústria 4.0, e que permite o desenvolvimento de carreiras mais tecnológicas”, completa.

Vinicius Bello Filho, de 21 anos, participou do programa na Ogochi em 2019 e hoje também está efetivado. “Estudo direito e atualmente sou assistente de supervisão da unidade de Saltinho. Vejo o programa como uma porta de entrada para o mercado de trabalho e uma ótima oportunidade para realização de sonhos. O ‘simples’ programa jovem aprendiz, como era visto por mim naquela época, hoje se tornou o pilar para a realização dos meus objetivos profissionais”, celebra. Laiza Favero é outra jovem que iniciou a trajetória na Ogochi como aprendiz e atualmente está no cargo de cronometrista.

laiza favero

Laiza Favero foi efetivada em 2019 na Ogochi e atualmente está no cargo de cronometrista

Samanta Cristina Greschechen, que participa do programa de aprendizagem da WestRock, em Três Barras, afirma que “dentro da indústria aprendemos muito sobre sobre a importância de realizar nossas atividades de forma segura, o que me prepara para o mercado de trabalho entendendo o meu valor para a empresa e, também, para a minha família”. 

“Além da experiência em vivenciar o dia a dia de uma fábrica, temos a oportunidade de trocar informação com grandes profissionais, o que agrega muito no nosso aprendizado e na nossa preparação para o mercado de trabalho”, comenta Emeli Tatiane Bileski, outra jovem aprendiz que atua na WestRock.

Carteira assinada, férias e 13° salário 

Podem participar de programas de aprendizagem industrial jovens que tenham entre 14 e 24 anos de idade, que estejam matriculados e frequentando a escola, caso não tenham concluído o ensino médio. O jovem aprendiz tem a carteira de trabalho assinada, salário mensal e 13º salário, férias, vale-transporte e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A jornada de trabalho pode ser de 4, 6 ou 8 horas diárias. 

No SENAI, há oportunidades de aprendizagem em diversas áreas, como eletroeletrônica, construção civil, automação, tecnologia da informação, logística, alimentos, mecânica, energia e outros.


Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

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